BNDES prorroga programa e amplia recursos para apoio ao setor de saúde

Rio de Janeiro – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) decidiu prorrogar até julho de 2012 a vigência do Profarma, que agora se chama Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde. O Profarma, que visava ao apoio ao desenvolvimento da cadeia produtiva farmacêutica, expiraria em dezembro deste ano.

O orçamento para o programa também foi definido em até R$ 3 bilhões, com metade dos recursos destinada a financiar projetos na área de inovação, no limite de R$ 300 milhões por ano.

O chefe do departamento de Produtos Intermediários, Químicos e Farmacêuticos da instituição, Pedro Palmeira, informou nesta quinta-feira (18) que a aproximação do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, levou a um consenso de que a saúde deveria ser vista não mais como um setor de produção de medicamentos, mas como um complexo industrial, "que também produz vacinas, hemoderivados, materiais cirúrgicos, kits para diagnóstico, reagentes, equipamentos médicos e odontológicos?.

Segundo Palmeira, os gastos em saúde têm repercussão expressiva sobre o restante da economia. O complexo representa 8% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país) e responde por cerca de 10% dos empregos formais. Ele também destacou a característica de absorção e difusão de tecnologia, para explicar a destinação de até R$ 1,5 bilhão somente para projetos de inovação. Se houver demanda, acrescentou, não faltarão recursos para as linhas de crédito do programa.

?Pela primeira vez se buscam zonas de interseção entre a política industrial e a política nacional de saúde?, destacou Palmeira, ao informar que o objetivo da revisão do programa foi o de promover a articulação da nova Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, do governo federal, com a Política Nacional de Saúde.

A Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma) comunicou por meio de sua assessoria de imprensa que não comentaria as modificações antes que seu departamento técnico analisasse as mudanças introduzidas pelo BNDES no programa.

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