Belém está preparada para enfrentar problema da dengue, afirma secretária

Apesar de ter sido apontada pelo Ministério da Saúde como uma das dez capitais brasileiras que precisam estar em alerta para um possível surto de dengue, a cidade de Belém está preparada para tratar o problema, mesmo na eventualidade de uma epidemia. A garantia foi dada nesta quinta-feira (10) pela secretária de Saúde Pública do Pará, Laura Rosseti, ao participar, em Belém, do 23º. Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

A secretária disse que são grandes as probabilidades de incidência da doença na Amazônia, por causa do clima da região. Quando o assunto é dengue, lembrou Laura, o Pará está entre os estados que merecem atenção especial, conforme alertou o Ministério da Saúde. "Reconhecemos essa preocupação, porque aqui temos condições muito favoráveis a uma epidemia de dengue".

Contudo, a união dos governos federal e estadual permitiu que fossem tomadas as medidas preventivas necessárias, e o estado conseguiu, até agora, manter uma situação de controle e reduzir os índices de risco satisfatoriamente nas regiões mais sujeitas ao problema, acrescentou. "Dessa forma, estamos nos conduzindo para manter essa prevenção, sem sair do estado de alerta que deve ser mantido, como disse antes, pelas condições climáticas da região amazônica".

Formas de prevenção e cuidados e providências a serem tomados diante dos casos de dengue na Região Norte estão entre os principais assuntos do 23º Conasems, do qual participam cerca de 2 mil pessoas, incluindo representantes da área de saúde de diversos estados brasileiros. O encontro, que termina nesta sexta-feira (11), está sendo realizado paralelamente ao 5o. Congresso Brasileiro de Saúde e Cultura de Paz e Não-Violência. Os dois eventos têm o objetivo de discutir questões sobre a política de saúde, visando ao aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS).

O congresso deste ano é o primeiro realizado na Região Norte e marca a passagem dos 20 anos de criação do SUS e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Laura Rosseti disse que a escolha de Belém como sede foi boa, porque era preciso discutir de forma apropriada assuntos da área de saúde relacionados Amazônia. "Ao longo dos anos, temos tido dificuldades que dizem respeito, por exemplo, aos repasses dos investimentos nessa área. O congresso é uma oportunidade de buscar estratégias e alternativas para melhorar o atendimento de saúde diante das adversidades existentes na região", completou.

Segundo o presidente do Conasems, Helvécio Miranda Magalhães Júnior, a decisão de realizar o congresso em uma capital do Norte simboliza uma "prestação de contas" com a Amazônia e mostra que agora foi constatada a necessidade de um olhar diferenciado do poder público para cada região do país, especialmente a amazônica. "A Amazônia tem particularidades que precisam ser entendidas. Queremos trazer novo fôlego ao SUS do Norte brasileiro", afirmou.

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