Bancários grevistas em 15 estados se concentram nas instituições públicas

Brasília – Bancários de 15 estados brasileiros iniciaram nesta quarta-feira (3) greve por tempo indeterminado. A maior parte dos grevistas é de funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco do Brasil. A categoria reivindica um reajuste salarial de 10,3%, que corresponde a 5,5% de aumento real nos salários, participação nos lucros e resultados (PLR) de dois salários mínimos e uma parcela fixa de R$ 3.500. Além disso, eles reivindicam a fixação de um piso salarial de R$ 1.628,24.

O secretário de imprensa do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, afirmou que cerca de 10 mil bancários estão parados no Distrito Federal. Segundo ele, 80% das agências bancárias do Banco do Brasil e da Caixa estão fechadas.

Segundo Araújo, os bancários não aceitaram as propostas do Banco do Brasil de aumento a PLR e a CEF não fez nenhuma proposta a categoria. Ele afirma que isso tem dificultado as negociações. ?A Caixa não apresentou nenhuma proposta, o Banco do Brasil apresentou uma proposta de PLR e a Federação Nacional dos Bancos [Fenaban] propôs um aumento de 6%. O nosso questionamento é que haja uma melhoria nas propostas desses bancos, principalmente, a CEF em que a questão está mais acirrada. Isso porque reduziu a participação nos lucros, está fazendo reestruturação e reduzindo funcionários?.

No Rio de Janeiro, 15 mil bancários estão paralisados. Os bancários do Banco do Brasil fazem uma paralisação de 24 horas e os funcionários da Caixa estão em greve por tempo indeterminado, de acordo com o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo ainda não fechou o balanço de quantos bancários estão em greve. Mas segundo a assessoria de imprensa, apenas os funcionários da Caixa estão parados. Na assembléia de ontem (2), os funcionários paulistas dos bancos privados e do Banco do Brasil aceitaram a proposta da Fenaban de 6% de reajuste salarial.

De acordo com os três sindicatos, ainda não há nenhuma reunião marcada com a Fenaban ou com a Caixa Econômica Federal. Em Brasília, os bancários se reunirão em assembléia ainda hoje para decidir se suspendem a greve. Até o fechamento desta matéria a Caixa não respondeu às críticas dos sindicatos.

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