Após roubos em shoppings, clientes mudam hábitos

A rotina de passeios dos paulistanos em shoppings da capital começou a mudar desde maio, quando bandidos armados com submetralhadoras invadiram o Shopping Cidade Jardim, reduto de grifes internacionais, para roubar a joalheria Tiffany. Vinte e dois dias depois, o shopping voltou a ser alvo de assaltantes, que entraram na loja da Rolex. Há oito dias, uma quadrilha levou 150 relógios de uma loja do Shopping Ibirapuera. E ontem, mais um foi roubado, no Campo Limpo.

“A gente nunca imagina que pode acontecer uma coisa dessa num shopping”, diz o empresário Jairo Grinberg, dono da grife Lulu, que tinha o hábito de passear com os filhos e a mulher no Shopping Ibirapuera, em Moema, nos fins de semana. Ele conta que ficou mais cauteloso nos seus passeios. “Agora os filhos andam de mãos dadas comigo e minha mulher toma cuidado com a bolsa.”

Só neste ano, o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) registrou dez assaltos a joalherias e relojoarias, oito na capital paulista. Muitos aconteceram no fim de semana, o que preocupa ainda mais as empresas de segurança.

E não foram apenas os clientes que se assustaram. A Verzani & Sandrini, empresa que faz a vigilância de 38 shoppings de São Paulo, entre eles o Iguatemi, já foi procurada por mais da metade dos clientes para revisar sistemas de segurança. “Muitos decidiram antecipar investimentos, como a compra de câmeras para pontos vulneráveis. Outros resolveram reforçar o efetivo de vigilantes”, diz Flávio Sandrini, superintendente da VS Segurança. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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