Após revelação de revista, Mares Guia promete auditoria

Na tentativa de se desvencilhar das denúncias de que teria participado do "mensalão mineiro", o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, anunciou neste sábado (15) que vai fazer uma auditoria em todos os seus negócios. Reportagem da revista IstoÉ aponta o ministro como responsável pela movimentação de mais de R$ 24 milhões na campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998, do hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB).

Em nota, o ministro informou que o resultado da auditoria será apresentado à Receita Federal e à Justiça. "As receitas das empresas do ministro são transparentes e oriundas de negócios absolutamente lícitos e declarados à Receita Federal. Reiteramos que todas essas explicações foram dadas à Polícia Federal e estão documentadas", diz a nota. "Não há nada na vida política e empresarial do ministro que não seja absolutamente lícito e transparente", afirma Mares Guia.

Na nota, o ministro nega as acusações de que teria arrecadado recursos para a campanha de Azeredo e argumenta que, na época, era candidato a deputado federal. "O ministro Mares Guia, não foi o coordenador da campanha do ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, em 1998. (…) O coordenador geral da campanha de Azeredo em 1998 era o senhor Carlos Eloy e o coordenador financeiro era o senhor Cláudio Mourão. Como qualquer correligionário, e acima de tudo amigo, o ministro Walfrido ajudou o então candidato Azeredo no segundo turno daquelas eleições, em ocasiões pontuais", diz a nota.

Mares Guias afirmou ainda que, em 2002, que fez um empréstimo, em nome de sua holding Samos Participações, para ajudar Azeredo a saldar dívida de campanha do tucano. "O dinheiro foi depositado na conta indicada nos papéis levados ao ministro. O empréstimo foi quitado regularmente dentro das condições contratuais", afirma a nota.

A assessoria do ministro observou ainda que Mares Guia "teve apenas duas empresas na sua vida empresarial: o grupo educacional Pitágoras, de 41 anos de existência, com reputação ilibada e ações recentemente abertas na Bolsa de Valores e a Biobrás, fabricante de insulina , também com capital aberto, vendida em 2002 para a empresa Novo Nordisk".

Voltar ao topo