Anvisa apura infecção em videocirurgias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ontem que pelo menos três pacientes que se submeteram a um tipo de preenchimento facial, procedimento estético não-cirúrgico, também podem ser vítimas das micobactérias de crescimento rápido que já causaram lesões de difícil cicatrização em 76 pessoas só neste ano.

Os casos, todos de pacientes do sexo feminino e que tiveram seus rostos afetados, foram registrados no mês passado em Minas Gerais e surpreenderam especialistas porque somente pessoas operadas por diferentes técnicas cirúrgicas, principalmente as videocirurgias, vinham sendo contaminadas pelos microrganismos.

O preenchimento facial é executado no consultório, e o médico apenas aplica injeções de produtos para recuperar o contorno e o volume facial – não há cortes ou introdução de cânulas no corpo do paciente. Todos os casos ocorreram após o uso de um produto à base de ácido poli-L-láctico, o Sculptra, fabricado pela Sanofi-Aventis.

Apesar de não haver evidência de envolvimento direto do produto nas contaminações, será feita uma apuração sobre o caso. Também serão analisados os procedimentos médicos e a água usada na diluição do produto. A Sanofi destacou ontem que o produto tem rigoroso controle de qualidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.