Alagoas é o Estado com maior porcentual de miseráveis

O Estado de Alagoas foi a unidade da Federação a apresentar o maior porcentual de miseráveis em relação à população total em 2006, ano em que 44,44% dos alagoanos estavam em situação de miséria, ou seja, tinham renda domiciliar per capita abaixo de R$ 125. Os sete Estados que lideram o ranking da miséria no País estão no Nordeste.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (19) pelo economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Neri. Ele elaborou um ranking de miséria com 21 Estados. No topo da lista está Alagoas e no último lugar, com 4,68% da população na miséria, está Santa Catarina. O Estado de São Paulo ocupa o 19º lugar no ranking de Neri, com porcentual de 9,94%.

Políticas de renda

As políticas de renda no Brasil são usadas de acordo com o calendário eleitoral, segundo mostrou o economista da FGV, Marcelo Neri. "Há evidência clara, não é de Lula ou de Fernando Henrique, mas de todos na nova democracia brasileira, de uso de políticas de renda de acordo com o calendário eleitoral", afirmou.

Segundo Neri, em anos eleitorais, desde 1992, o rendimento registrou aumentos 6% superiores do que em anos não eleitorais. Ele acrescentou, entretanto, que o fenômeno é realidade desde o início dos anos 80. "Eleição no Brasil é um momento em que a pobreza cai", observou.

Ele citou vários exemplos de anos eleitorais em que isso ocorreu como o aumento da renda mediana de 53% no País em 1986, ano do Plano Cruzado, ante o ano anterior; o lançamento do Plano Real em 1994 ou o significativo reajuste do salário mínimo em 2006.

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