A polícia do Rio de Janeiro prendeu hoje um homem acusado de integrar uma das maiores milícias da zona oeste da capital fluminense e suspeito de envolvimento em mais de 100 assassinatos. Segundo as investigações, Roberto Berko de Araújo, de 29 anos, conhecido como Betão, faz parte do grupo Águia de Mirra, que controla condomínios e favelas dos bairros de Anchieta, Guadalupe, Del Castilho e Taquara.
O grupo é acusado de cobrar taxas de segurança de moradores e comerciantes, além de dominar o comércio de gás e oferecer um serviço ilegal de TV a cabo. Betão teria participado da morte do policial civil Edson Faustino Moura, que tentou evitar a instalação de um grupo paramilitar na área em que morava. Os investigadores afirmam que o suspeito também controla um escritório de agiotagem e que teria assassinado um homem na frente de sua família por não ter quitado um empréstimo. Betão responde a 88 inquéritos em duas delegacias.
Levantamento
A Polícia Militar (PM) do Rio fará um levantamento completo das armas de fogo, armas não-letais, munição, coletes à prova de balas e capacetes sob sua responsabilidade, com o objetivo de obter um registro do arsenal da corporação e evitar desvios. Com a aplicação da medida, também será possível que os responsáveis por cada batalhão controlem o material a sua disposição.
A PM também pretende entregar uma pistola calibre .40 a cada um dos 40 mil policiais militares do Estado. Os agentes serão os responsáveis pela arma e a levarão para casa. Em caso de perda da pistola, o PM deverá prestar esclarecimentos à corregedoria da corporação.