Abin acompanha investigação sobre furto à Petrobras

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou que está acompanhando a crise envolvendo o furto de informações sigilosas da Petrobras, por se tratar de uma área estratégica e de relevante interesse para a segurança e a economia do País. A Agência acionou seu setor de contra-espionagem e vem fazendo levantamento de dados em cooperação com a Petrobras e com a Polícia Federal, que abriu inquérito na sua delegacia em Macaé (RJ) para a investigação criminal do caso.

Contidas num disco rígido e dois notebooks, as informações teriam sido roubadas há duas semanas de um contêiner transportado pela multinacional Halliburton para a base de operações da estatal em Macaé. A Abin informou que faz parte de sua missão constitucional atuar na defesa do interesse do Estado em situações desse tipo e se coloca à disposição da PF e da Petrobras para o caso de ter seus levantamentos requisitados.

A Petrobras confirmou o roubo, mas se recusa a revelar o nome da empresa que transportava o material, que conteria informações estratégicas sobre o megacampo petrolífero de Tupi, recentemente descoberto na Bacia de Santos. Avisada do caso pela estatal, a PF abriu inquérito no dia 7 de fevereiro e realizou perícia no container de onde teria sido roubado o material, mas o resultado não ficou pronto e os levantamentos ainda estão muito no início.

A Abin não tem elementos para avaliar se a Petrobras foi negligente ao confiar o transporte de informações estratégicas a uma multinacional. A estatal, conforme analisa um agente da Abin construiu seu invejável poder graças ao rigor na segurança com que guarda informações estratégicas. O campo de Tupi, por exemplo, era conhecido e estudado pela empresa há mais de um ano e a informação nunca havia vazado.

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