A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) poderá liberar ainda este ano a primeira vacina contra o HPV (Human Papilloma Viruses). O HPV é um vírus transmitido pelo contato sexual que afeta a área genital tanto de homens como de mulheres. Ele é da família de vírus com mais de 80 tipos. Enquanto alguns deles causam apenas verrugas comuns no corpo, outros infectam a região genital, podendo ocasionar lesões que, se não tratadas, se transformam em câncer de colo do útero.
Em setembro, vence o prazo legal de registro do produto na Anvisa, que poderá autorizar ou não a comercialização. A vacina, chamada Gardasil, foi desenvolvida pelo laboratório Merck & Co e previne contra apenas quatro tipos de HPV: o HPV-6, 11, 16 e 18. Apenas as pessoas que ainda não foram infectadas pelo vírus estão aptas a ficarem imunes ao HPV ao tomarem a vacina. De acordo com o Ministério da Saúde, muitas vezes o contágio com o HPV está relacionado ao aparecimento do câncer do colo do útero nas mulheres.
Segundo o Ministério da Saúde, o Programa Nacional de DST/Aids registrou em 2003 pelo menos 137 mil mulheres infectadas pelo vírus. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, 20 mil novos casos de câncer do colo do útero são esperados em 2006 no Brasil. A estimativa para o número de mortes é de pelo menos 4.200 mulheres. Está em estudo a possibilidade de incluir a Gardasil no calendário básico de vacinação, caso ela seja licenciada no Brasil, já que a única forma de prevenção contra o HPV, antes da vacina, era o uso de preservativos durante as relações sexuais. As informações são da Agência Brasil.