Brasil pode assumir a vanguarda na área de energia, diz presidente do Fiep

O Brasil reúne todas as condições para assumir a vanguarda no fornecimento de energia e esta área é estratégica para o país porque a demanda cresce no mundo todo, oferecendo grandes oportunidades. A declaração foi feita pelo presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, ao abrir oficialmente na noite do último domingo (07), no Cietep, em Curitiba, o Seminário de Tecnologias Energéticas do Futuro (Stef).  Segundo ele, para assumir esta posição o Brasil precisa investir em inovação, concentrando esforços na produção de tecnologia. "Este evento pode ser um marco para a questão da energia no Brasil", disse Rocha Loures.

O Seminário, que prossegue até esta terça-feira (09) é uma promoção conjunta do Sistema Fiep, Copel, Governo do Paraná, Lactec, IBQP e IPD com apoio da Itaipu Binacional, Eletrobrás e Compagás. Participaram da abertura também o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, o presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek e o secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Guilherme Jardim Arce que proferiu a palestra de abertura "Perspectivas Energéticas Mundiais".  Arce disse que o petróleo ainda será a fonte principal de energia para o transporte nas próximas três décadas e não se vislumbra nenhum substituto no curto prazo.

Segundo o especialista, o álcool – não só proveniente da cana, mas a biomassa em geral – seria o substituto mais adequado, mas ainda é preciso avançar em tecnologia. De acordo com Arce, as maiores reservas de energia do mundo estão no carvão, mas o desafio é a exploração de forma limpa. "Não se produz energia sem provocar algum tipo de impacto no meio ambiente", declarou. De acordo com Arce, o desafio é fazer com que este impacto seja o menor possível.

O evento reúne especialistas do Brasil e do exterior que estão discutindo as possibilidades de diversificação na matriz energética brasileira com vistas ao suprimento futuro de energia. Entre os temas estão petróleo, biomassa, gás, hidreletricidade, energia nuclear, entre outras. Segundo o coordenador do evento, Frederico Reichmann Neto, a intenção do evento é identificar medidas de curto, médio e longo prazo que possam reverter a tendência de um colapso no abastecimento, previsto já para 2010. "Basta o Brasil retomar o crescimento de 4% ao ano do PIB que haverá falta de energia", informa.

Livro

A Fiep lançou durante o evento o livro "Futuros Tecnológicos", uma coletânea de três palestras proferidas pelos futuristas Jerome Glenn, Peter Bishop e Paul Werbos. A obra discute as novas fronteiras da ciência e da tecnologia e os seus impactos no desenvolvimento industrial, apontando as tendências na área de inovação industrial nos próximos 20 anos, entre elas a energia.

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