Brasil negocia compra de vacina contra Rotavírus

O governo brasileiro enviou uma missão de negociadores à Bruxelas neste fim de semana para negociar com a empresa farmacêutica GlaxoSmithKlein a compra de uma vacina contra o Rotavírus. A vacina ainda não foi registrada mas deve mudar a forma como os países cuidam dos casos de infecção por Rotavírus, que causa diarréia e afeta as populações mais pobres.

Segundo Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, esse vírus é responsável por 30% dos casos de diarréia no Brasil, mas a vacina terá um preço alto. "A estimativa é de que chegue ao mercado custando entre US$ 15,00 e US$ 20,00 a dose. No caso do Brasil, precisaríamos atender cerca de oito milhões de pessoas por ano", explica Barbosa.

O Brasil vai propor garantir o mercado nacional à empresa por três anos e, em contrapartida, quer uma redução substancial do preço do remédio. "O Brasil, caso o acordo seja assinado, poderá ser um dos primeiros países do mundo a contar com essa vacina, considerada de nova geração", diz o representante do governo.

Tecnologia

O Brasil quer também a transferência de tecnologia para a produção no País. A idéia seria a de conseguir gerar uma produção local e, com a Glaxo, exportar para certos mercados latino-americanos.

O problema enfrentado pelo Brasil e por outros países emergentes é que as vacinas que estão sendo colocadas no mercado não custam mais apenas centavos de dólares, como era o caso há poucos anos. As novas vacinas podem chegar a custar até US$ 50 00 cada dose diante das novas tecnologias e da proteção com que contam os detentores de patentes desses produtos.

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