Brasil defende fundo contra o desmatamento

O Brasil definiu uma proposta para compensar sua situação como grande emissor mundial de gases do efeito estufa, que será defendida nas conferências climáticas internacionais. A idéia é criar um fundo alimentado por países ricos para que os pobres reduzam o desmatamento. Esse é o motivo que coloca o Brasil na 4ª posição entre os maiores emissores do mundo.

O rascunho foi feito pelos ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT), do Meio Ambiente e das Relações Exteriores e será exibido nesta semana em Roma pelo secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco.

O mecanismo é voluntário, portanto países pobres estariam isentos de assumir metas de redução, como acontece com ricos. "O Brasil não aceitaria metas e não é parte do grupo do Anexo 1 (os países desenvolvidos). Mas mostramos disposição para controlar as emissões", disse Capobianco.

Além disso, o esquema correria em paralelo ao Protocolo de Kyoto e livre do mercado de carbono. Segundo a especialista Thelma Krug, que vai representar o MCT na reunião, a idéia é não incentivar os ricos a aumentarem suas emissões às custas de menos corte de árvores.

Caso a proposta avance e seja aceita em novembro, na próxima conferência do clima, ela abre a oportunidade de o Brasil oferecer seu sistema de monitoramento de desmatamento em tempo real para outros países pobres, que teriam de acompanhar a situação em seus territórios para receber recursos do fundo.

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