Brasil aumenta participação na venda de gado vivo para o exterior

A pecuária brasileira está conquistando um novo mercado no exterior: o comércio
de boi vivo. No mês de março, foram enviados para o Líbano, por navio, 9 mil
animais. Além disso, uma missão das Filipinas está negociando a compra nessa
modalidade e alguns países do Leste Europeu também demonstraram interesse na
transação.

As informações são do analista de Comércio Exterior da
Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da
Agricultura, José Renato Barcellos Ferreira. Segundo ele, essa nova modalidade
de comércio vai ajudar o país a consolidar a posição de grande exportador
mundial de carne bovina.

"O Brasil é um grande exportador de carne bovina
e precisa ingressar nesse novo mercado. O comércio internacional movimenta
aproximadamente, US$ 5 bilhões por ano com a venda de gado vivo. No ano passado,
o Brasil vendeu US$ 7,338 milhões, o que é muito pouco", afirma.

As
vantagens da comercialização de boi vivo são principalmente a redução do custo
para o pecuarista. "Para vender o gado vivo o custo do pecuarista é menor e
independe da intermediação dos frigoríficos", lembra o especialista. Segundo
ele, o preço do animal vivo – com peso médio de 240 quilos – no mercado
internacional varia entre US$ 600 e US$ 800, dependendo da qualidade da
mercadoria. A tonelada da carne processada ou in natura pode atingir US$ 2,122
mil.

Ferreira lembrou que o crescimento do Brasil no comércio de gado
vivo está muito acentuado. "De 2002 a 2004, o crescimento das vendas foi de
14.000%. Em 2002, o Brasil exportou 1.014 mil animais e no ano passado esse
número subiu para 15 mil cabeças", revela.

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