O braço armado do Hamas lançou dezenas de foguetes e granadas de morteiro nesta terça contra território de Israel e declarou que a trégua de cinco meses mantida com o Estado judeu chegou ao fim. Os disparos foram uma resposta à morte de nove palestinos, entre eles dois adolescentes e cinco militantes, por tropas israelenses durante o fim de semana na Cisjordânia e Faixa de Gaza, anunciou o porta-voz do grupo, Abu Obeida.
O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniye, pareceu defender o ataque, culpando Israel pela escalada de tensão. A barragem, no 59º aniversário da independência de Israel, não causou vítimas nem danos. Mas foi a primeira vez que o Hamas assumiu ter feitos disparos contra o Estado judeu desde o acerto de uma trégua entre os dois lados em novembro.
Em Israel, o primeiro-ministro Ehud Olmert e o ministro da Defesa Amir Peretz discutiram por telefone uma possível resposta. Outras autoridades de segurança participarão das discussões amanhã, disse um funcionário do governo. Haniye, o premier palestino, culpou Israel pela situação. "Fizemos grandes esforços para manter a trégua e havia uma posição positiva dos palestinos, mas infelizmente esta posição foi recebida pela expansão da agressão e pela escalada contra o povo palestino", afirmou. "Não trata-se de um problema palestino, mas de um problema israelense".