Bom aumento dos alimentos

Na mesma semana em que se lamenta o maior custo de vida nos últimos cinco anos, é imperioso festejar a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O último levantamento sobre a safra 2007/08 indica um recorde histórico na produção de grãos. A tendência é que, com a ajuda do clima, seja atingido o total de 143,3 milhões de toneladas. E o Paraná é participante decisivo neste montante.

É uma informação preciosa. Primeiro, pela notícia de que, mesmo em um momento delicado para a agricultura brasileira – e para a paranaense em particular -, os produtores dão uma resposta à altura da expectativa criada. Segundo, que a melhoria no cultivo das sementes e a tecnologia nacional de produção também estão fazendo a diferença. E terceiro, que mesmo com decisões atrapalhadas nas políticas agrícolas, houve sucesso no campo.

E há mais. A supersafra prevista para o período mostra que as denúncias feitas em congressos e fóruns internacionais por outras nações contra o Brasil são infundadas. Não há, como alguns países afirmam, uma diminuição na área plantada para que se crie mais espaço para o plantio da cana-de-açúcar – quer dizer, para a produção de etanol.

E é importante divulgar o fato, pois nestes bastidores da diplomacia, a versão pode valer mais que a informação. O Brasil virou ?vilão? porque estaria abrindo mão do plantio de alimentos e da criação de animais de corte em benefício da cana. Mesmo com o aumento da área plantada, a cana não chega a 5% do total e desta forma somos líderes mundiais na produção e na tecnologia do etanol. E, no todo, houve aumento de 1,9% na área de plantio dos grãos. E espera-se o reflexo desta safra nos preços dos alimentos a médio prazo.

Para o Paraná, a confirmação de sua vocação agrícola, participando com 22,33% da safra total, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

E a certeza da pujança de nosso campo, que mais uma vez venceu as intempéries – tanto as do clima quanto as da política.

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