Boa vontade

É oportuno registrar a manifestação sempre lúcida e ponderada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tão logo foi proclamado o resultado final das eleições presidenciais. Na condição altamente significativa de representantes de milhões de fiéis católicos de todos os rincões, incluindo aí os próprios eleitores do presidente Lula, a instituição houve por bem enfatizar os compromissos ainda não devidamente resgatados pelo governo federal.

Não se deveria aguardar posicionamento diverso dos bispos nacionais, pastores de imenso rebanho que não pode mais esperar soluções procrastinadas há tantas décadas, instrumento que contribuiu para cavar ainda mais a fenda entre as categorias sociais.

Por sua vez, o presidente Lula emitiu sinais absolutamente decifráveis da intenção de direcionar o segundo mandato à realização das reformas exigidas pelo aprimoramento das instituições e, por extensão, da vida dos cidadãos de menor poder aquisitivo. Um esforço hercúleo, todos sabemos, mas plenamente realizável, sobretudo, se contar com a boa vontade e a cooperação de todos os setores representativos da comunhão nacional. Sob este ponto de observação, a posição pública da CNBB em cobrar responsabilidades é válida, confortante e propositiva. Mais que isso, digna de emulação.

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