Biscaia diz ter sensação “do dever cumprido”

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse há pouco, ao final da reunião da CPMI, que tem "a sensação do dever cumprido, pois em menos de 60 dias uma investigação no campo parlamentar chegou a resultados concretos".

Sobre a segunda fase de trabalhos da comissão, Biscaia explicou que continuará vindo a Brasília para estruturar procedimentos, reexaminar alguns casos de parlamentares e agilizar as investigações sobre o Executivo. Segundo o presidente, em outubro a CPMI retornará a pleno vapor. "Da mesma maneira que tivemos fé no resultado que saiu hoje, teremos outro resultado até o prazo final, em 22 de dezembro", previu.

Biscaia defendeu o fim do voto secreto no Parlamento, classificando-o como uma "anomalia que precisa ser banida definitivamente". O eleitor tem de saber como vota seu representante, observou.

Reforma política

Ao se referir ao relatório parcial aprovado hoje, o vice-presidente da CPMI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse que "a decência venceu a corrupção", mas lembrou que restam "muitas tarefas a serem cumpridas". Ele defendeu a realização de uma reforma política.

Para o sub-relator Fernando Gabeira (PV-RJ), os métodos de investigação da CPMI são capazes de rastrear todos os vestígios deixados, o que dificulta cada vez mais esse tipo de corrupção que está sendo investigada. Gabeira afirmou que dará início na próxima semana aos trabalhos de investigação sobre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Segundo o deputado, foram verificados "erros grosseiros" na compra de ônibus para inclusão digital pela Finep.

Grande condenação

Único a votar contra o relatório, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) afirmou que não pode votar relatório condenando inocentes "e depois dormir tranqüilo". Para Salgado, os deputados investigados foram condenados ou inocentados hoje, e a grande condenação vem em 2 de outubro. "Não adianta ter Conselho de Ética depois", disse.

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