Biscaia acredita ser inviável prorrogar CPI dos Sanguessugas

O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), afirmou nesta segunda-feira (20) que é "inviável" a prorrogação dos trabalhos da comissão no mês de janeiro. Parlamentares do PSOL, do PV e do antigo PPS – agora Mobilização Democrática (MD) – são favoráveis à prorrogação da CPI, que tem prazo final previsto para 20 de dezembro. "Essa prorrogação não tem apoio nenhum e é inconstitucional", disse Biscaia. O relator da CPI, Amir Lando (PMDB-RO), anunciou que vai entregar o relatório final dia 13 de dezembro.

Na reta final, a CPI tentará aprovar amanhã requerimentos que estão à espera de votação há mais de um mês, antes do segundo turno das eleições de 29 de outubro. Biscaia, que ficou longe de Brasília cerca de 20 dias, defendeu que a CPI aprove a convocação do empresário Abel Pereira e de Hamilton Lacerda, ex-coordenador de comunicação da campanha senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo. "A idéia é que essas convocações sejam aprovadas logo para que eles possam vir à CPI na quinta-feira", explicou.

Depoimentos

A um mês do fim da CPI dos Sanguessugas, a comissão ouve amanhã os depoimentos de Valdebran Padilha e Gedimar Passos, presos pela Polícia Federal com R$ 1,75 milhão dia 15 de setembro. O dinheiro seria usado para a compra do dossiê Vedoin. Jorge Lorenzetti, apontado pela PF como o responsável pela articulação para comprar o dossiê, também será ouvido amanhã. Ele é ex-analista de risco da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A CPI ouvirá ainda Oswaldo Bargas e Expedito Veloso. Bargas é ex-secretário do Ministério do Trabalho, trabalhou na campanha à reeleição de Lula e teria participado das negociações para a compra do dossiê. Veloso é ex-diretor de gestão de risco do Banco do Brasil.

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