Biocombustível, educação e saúde são temas de acordo entre África e Brasil

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o presidente da União Africana, Alpha Conaré, assinaram nesta quarta-feira (28) um acordo para estimular o progresso socioeconômico do Brasil e da África. Está previsto no acordo a cooperação nas áreas de agricultura, saúde, educação, desenvolvimento econômico, meio ambiente e energia. Um dos primeiros passos será um seminário, em maio, para discutir propostas de produção do biocombustível.

A importância econômica do continente africano para o Brasil foi destacada por Amorim. Segundo ele, os países da África importam mais de US$ 7 bilhões em produtos brasileiros. O valor é o dobro das importações de países como Inglaterra, Itália e França.

Segundo Amorim, a África é tida como uma das prioridades para o governo brasileiro desde o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde o início do governo, o presidente já visitou 17 países africanos.

O ministro acrescentou que a proximidade entre o Brasil e os países africanos é um a passo a mais para estimular o progresso socioeconômico. ?Todos sabem o entusiasmo do presidente [Lula] nesta área e de como a produção pode gerar empregos urbanos e na agricultura familiar?, destacou.  ?O mecanismo de consultas políticas entre o Brasil e a África é muito presente".

O presidente da União Africana ressaltou que o desenvolvimento do continente não depende da participação um país, mas de todos. ?Nós precisamos de parceiros mais engajados para gerar paz e segurança em todo o continente?. Ele acrescentou que em um futuro próximo, daqui a 30 anos, a África vai ter a população ativa mais jovem do mundo. ?O que nós precisamos é da atuação da democracia. Isso vai abrir as portas do país para o mercado do mundo?. 

Conaré defendeu a proposta de Brasil, Japão, Índia e Alemanha (países conhecidos como G4). As quatro nações querem ser admitidas como membros permanentes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). ?Estamos em fase de discussão e só há propostas. É preciso continuar nesta discussão para iniciar um processo de negociação?, concluiu.

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