Bicampeã do caratê, Lucélia fugiu da aula de balé

A ausência da professora de balé de Lucélia Ribeiro, quando ela tinha oito anos, mudou o destino da garota. Aos 28 anos, a carateca é bicampeã pan-americana (Winnipeg/1999 e Santo Domingo/2003).

Acompanhada do primo Sérgio, que lutava caratê no mesmo local em que ela dançava , Lucélia participou de uma aula do primo, já que sua professora havia faltado. ‘Fiz a aula de maiô (colant)’, lembra.

Gostou tanto do caratê que passou a ‘matar’ as aulas de balé para lutar. Tudo escondido de sua mãe (Terezinha). Conseguiu lutar três meses – de colant, para a família não desconfiar – , mas a farsa veio à tona quando sua mãe encontrou a professora de balé. ‘Minha mãe ficou brava, porque tinha medo que eu me machucasse’, lembra a garota, que até fez ‘greve de fome’ para sensibilizar a mãe.

Hoje, ela é o orgulho dos pais, que já organizam uma caravana em Brasília para ver a filha competir no Rio. Com vaga garantida no Pan (categoria acima de 60 quilos), ela divide a rotina de treinos com a carreira de professora de educação física – trabalha em uma escola de Brasília.

Voltar ao topo