Benevolência pífia

O sindicalista Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, uma das principais centrais de trabalhadores do País, é resoluto opositor da política do governo Luiz Inácio da Silva. Sobretudo no que respeita ao salário mínimo.

Ante a revelação que o presidente foi tocado por súbita benevolência e pretende conceder para 2006 a liberalidade de R$ 350, embora a previsão orçamentária tenha fixado o salário mínimo em R$ 321, Pereira fez ácidos comentários sobre o comportamento do governo.

Ocorre que a reivindicação subscrita por um conjunto de entidades, incluindo a Força Sindical, é do salário mínimo de R$ 400. Nesse contexto, analisa o sindicalista de resultados, a quantia oferecida pelo governo ?é uma humilhação?.

Ele complementa afirmando que esta é a postura característica de um governo que só se preocupa em trabalhar pelo crescimento do superávit primário e manter as taxas de juros na estratosfera, ao passo que não consegue definir uma agenda de desenvolvimento para o País, cujos últimos resultados têm sido ?pífios?.

À luz das recentes declarações de Lula sobre o desempenho do governo, insistindo em comparar os números de seu mandato com os do anterior – e alguns êxitos são notórios -, não se compreende – em contrapartida – a extrema reserva quando se trata de fixar o menor valor pago a um trabalhador.

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