BC reduz estimativa de crescimento do PIB para 3,12% em 2005

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país,
continuará crescendo neste ano, mas, segundo pesquisa do Banco Central, num
ritmo bem menor que as indicações das projeções oficiais no início do ano, que
apontavam evolução de até 4%.

De acordo com a pesquisa Focus, realizada
pelo BC na última sexta-feira, o aumento do PIB de 2005 será de 3,12%, e não
mais 3,27% conforme previsão da pesquisa anterior. Mantém, porém, a projeção de
3,50% para o PIB de 2006.

Apesar da queda acentuada, ainda é maior que o
prognóstico de 2,80%, divulgado na semana passada pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão.

De acordo com a pesquisa do BC, liberada hoje (13), a perspectiva
para o crescimento da produção industrial melhorou um pouco em relação à
pesquisa da semana passada, e deve passar de 4,08% para 4,14% neste ano, e de
4,35% para 4,50% no ano que vem.

A previsão para a relação entre dívida
líquida do setor público e PIB foi mantida em 51,40% neste ano, e a expectativa
anterior, de 50% para a relação dívida/PIB de 2006, deve aumentar para
50,50%.

O Boletim Focus afirma que haverá aumento do saldo de conta
corrente, que inclui todas as transações comerciais e financeiras com o
exterior. Segundo estimativas de uma centena de instituições financeiras e
analistas de mercado, o saldo deste ano será de US$ 9,20 bilhões (US$ 9 bilhões
na pesquisa anterior), com possibilidade de aumento de US$ 3,78 bilhões para US$
4 bilhões em 2006.

A pesquisa manteve a projeção de US$ 35 bilhões para o
superávit (saldo positivo) da balança comercial neste ano, e de US$ 29 bilhões
para o superávit entre exportações e importações no ano que vem. Manteve, ainda,
a expectativa de investimentos estrangeiros diretos em US$ 15 bilhões, tanto
para este ano quanto para 2006.

Não houve alteração quanto às
perspectivas no câmbio. A pesquisa mantém projeção de R$ 2,67 para a cotação do
dólar norte-americano no final deste ano, e de R$ 2,85 para o encerramento de
2006.

Os analistas acreditam, ainda, que não haverá mudanças também na
taxa básica de juros (Selic), que está em 19,75% ao ano. Em virtude de a
inflação estar em queda, eles acham que o Comitê de Política Monetária (Copom)
manterá a mesma taxa este mês, reduzindo-a gradativamente até 18% ainda este
ano, e para 15,50% até dezembro de 2006.

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