Toyota Fielder: perua para incomodar as minivans

A Toyota comercializa com sucesso seu segundo modelo produzido no Brasil: a perua Corolla Fielder. Com a mesma plataforma da versão sedã, o carro chegou para incomodar o segmento das minivans. A perua da Toyota, produzida na fábrica de Indaiatuba (SP) é a primeira cartada da montadora japonesa para atingir a ambiciosa meta de abocanhar 10% de participação no mercado brasileiro até 2010.

Com a Fielder, a Toyota reacende o interesse pelas desprezadas peruas, que até a chegada das minivans tiveram a preferência da maioria das famílias. Além de agradável de dirigir, o novo modelo da marca japonesa é dono de linhas harmoniosas e discretas, com espaço suficiente para levar a bagagem de cinco ocupantes, além de vir bem equipada.

Estilo

Diferentemente das versões comercializadas nos mercados europeu, asiático e americano, a nova perua nacional tem frente mais longa que suas irmãs estrangeiras. Apesar de grande semelhança estética com a versão sedã, a Fielder vem com nova grade dianteira preta e faróis com máscara negra, que dão um ar mais esportivo ao modelo. Visto de perfil, o carro mostra linha de cintura elevada e contornos suaves, que se completam com a grande área envidraçada.

Na traseira arredondada, os destaques ficam por conta das grandes lanternas, com formato triangular, e um spoiler no fim do teto. As rodas são de liga-leve, com seis raios e 15 polegadas, montadas em pneus 195/60. Como detalhe, o modelo traz a inscrição VVT-i nos pára-lamas dianteiros, logo abaixo dos pisca-piscas laterais.

A Fielder vem também com maçanetas externas, moldura lateral, pára-choques e retrovisores externos pintados na cor do carro e está disponível nas cores Branco Regente, Prata Ônix, Preto Pérola, Vermelho Rubi, Azul Topázio e Bege Âmbar.

Internamente, o novo modelo da Toyota traz ainda banco traseiro com encosto bipartido e reclinável a 20 graus, além de descanso de braço central com dois porta-copos. Além de reclinável, o banco traseiro pode ser rebatido em duas partes, possibilitando diversas opções de configurações, aumentando o espaço do bagageiro. O porta-malas tem capacidade volumétrica de 411 litros e dispõe de porta-objetos com três divisões no assoalho e dois porta-trecos nas laterais. (BN)

OLHO CLÍNICO

Avaliada pela equipe do Jornal do Automóvel, a perua fez bonito tanto na versão manual quanto na automática durante sua apresentação, num trajeto de aproximadamente 40 quilômetros.

Mas semana passada tivemos oportunidade de avaliá-la com mais tempo, usando-a normalmente no dia-a-dia como qualquer usuário, e em trechos rodoviários entre a capital e o litoral.

Sua suspensão mostrou boa relação entre estabilidade e conforto. Entretanto, logo na primeira acelerada, é possível perceber o aumento de peso frente à versão sedã. Em números, isso pode ser explicado melhor: são 4,45 m de comprimento, 1,70 m de largura, 1,53 m de altura, 2,6 m de distância entreeixos e 1.185 kg com câmbio manual e 1.250 kg com transmissão automática de quatro marchas. Mesmo assim, por se tratar de uma perua, o resultado é satisfatório. Isso graças a seu motor 1.8 de 136 cavalos de potência e ao de 17,5 kgfm a 4.200 rpm. Como todo carro, a versão automática demora um pouco mais para ganhar velocidade, mas deu conta do recado, atingindo os 100 km/h em aproximadamente 13 segundos tranqüilamente. Seu consumo em trecho urbano ficou na marca de 8,5 km/litro, enquanto na estrada a marca chegou a 12 km/litro. É bom lembrar que essas marcas podem se modificar, principalmente se levarmos em conta o estilo de dirigir de cada motorista.

Nas curvas, o carro transmitiu segurança sem pregar sustos e deixar o conforto de lado. Isso graças à suspensão independente do tipo com barra estabilizadora na dianteira, e eixo de torção e barra estabilizadora atrás.Outros pontos fortes ficam por conta da facilidade de acesso aos diversos comandos do veículo, além do bom espaço interno. Mas sente-se a ausência de alguns detalhes como ajuste de profundidade do volante, ar-condicionado eletrônico, computador de bordo, teto-solar e bancos de couro. Seu porta-malas com capacidade para 411 litros de bagagem se aproxima dos espaços oferecidos pelos monovolumes.

A Toyota Fielder é comercializada em versão única de acabamento, e vem com itens como ar-condicionado, direção hidráulica, duplo airbag, freios , CD player, trio elétrico, entre outros itens. Entre os opcionais oferecidos estão os sensores de estacionamento, faróis de neblina e “racks” no teto. E sua garantia é de 3 anos sem limite de quilometragem. (BN)

FICHA TÉCNICA

Motor

Quatro cilindros, transversal, quatro válvulas por cilindro, comandos no cabeçote, injeção eletrônica multiponto

Cilindrada

1.794 cm³

Potência (cv)

136 cv a 6.000 rpm

Torque (kgfm)

17,5 a 4.200 rpm

Câmbio

Manual de cinco marchas, ou automático de quatro marchas, ambos com tração dianteira

Comprimento (m):

4,46

Largura (m):

1,70

Altura (m):

1,53

Entreeixo (m):

2,60

Peso (kg):

1.120

Tanque (l):

55

Preço

: a partir de R$ 57.161,00

Voltar ao topo