No Laguna, um cartão substituiu a chave

Para evitar o trabalho, ou cuidados para com o auxílio de uma chave se dar partida no carro, a nova tendência do setor automotivo é trocar as chaves pelo sistema batizado de “keyless go”, o que é oferecido de série pela primeira vez no Brasil no novo Renault Laguna.

O “keyless go” nada mais é que um cartão, como o de crédito, que emite sinais de rádio. Mesmo sem tirá-lo do bolso, quando a pessoa está a dois metros do veículo e a maçaneta é tocada, as portas são destravadas. E todas as funções de regulagens das chaves mais modernas também são acionadas automaticamente. Já com o cartão dentro do veículo, a partida do motor é dada só com o acionamento de um botão no painel.

Perder uma chave de carro é motivo suficiente para estragar o dia. Mas com as chaves modernas, a dor-de-cabeça pode se estender por muitos outros dias. Isso porque, para tornar o furto mais difícil, as novas tecnologias que “recheiam” a pequena peça necessitam de sistemas e códigos especiais para serem produzidas. Assim, o simples ato de obter uma chave nova pode virar novela. Como nas velhas chaves, o motorista precisa ir à concessionária comprar a substituta “virgem”. O que é uma tarefa “dolorosa” para o bolso. Uma chave com controle remoto de VW Gol, por exemplo, sai em média por R$ 200,00, enquanto a de um Ford Focus Hatch custa cerca de R$ 240,00. É preciso levar a chave a um chaveiro para fazer o corte do segredo na haste. No caso de um Mercedes C320, por exemplo, a chave não tem haste, o que evita a ida ao chaveiro. Mas a peça, que funciona por infravermelho, custa “salgados” R$ 1 mil.

É na hora de codificar o controle remoto, porém, que a situação fica mais complicada. Para que a centralina do carro reconheça os comandos, a nova chave precisa receber o código da antiga ou então ter um novo código registrado no carro. Assim, o dono precisa saber a senha do código do sistema eletrônico, fornecido na hora da compra do carro, para programar a nova chave. Se não souber, a revenda precisa fazer uma consulta à fábrica, para descobrir a senha. E nos modelos mais novos, os aparelhos de codificação das revendas não funcionam, o que obriga o envio da nova chave para ser programada na própria montadora.

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