Montadora alemã oferece cursos de pilotagem

Na teoria, freios ABS param o carro em situações de emergência e o motorista tem pleno controle do veículo. Na teoria, cada pista tem o ponto certo que deve ser percorrido em alta velocidade. Na teoria, dá para desviar de cones com o pé no acelerador e deixar todos eles em pé. E na prática? Foi isso que fui descobrir no Audi Driving Experience, programa da montadora alemã que oferece cursos de pilotagem. Este ano deverão ser oito edições, sendo a maior parte aqui no Autódromo Internacional de Curitiba, conta Beto Gresse, piloto profissional, coordenador do programa no Brasil e um dos instrutores do curso. Os outros são Maurizio Sala, Fábio Carbone e André Nicastro.

São dois programas de direção esportiva: S e RS (escola de pilotagem profissional). O primeiro, do qual participei, junto com outras 11 pessoas, mostra como explorar ao máximo o desempenho dos carros da Audi. Na primeira etapa, pela manhã, a turma é dividida e participa de três exercícios. No briefing, a primeira orientação é como acertar a posição de dirigir. É preciso conferir altura do banco, distância das pernas para os pedais (as pernas deve ficar flexionadas), encosto (os braços também precisam ficar flexionados), apoio de cabeça e cinto de segurança.

Na pista

Feito isso. Aos trabalhos. Na frenagem, a ordem é acelerar até perto dos 100 km/h, em aproximadamente 100 metros, e no ponto marcado frear e em seguida desviar de um obstáculo. A repetição leva à perfeição, claro, mas na primeira tentativa a tendência é pisar no freio antes, com aquele receio natural de que o espaço reservado para a frenagem não será suficiente. Mas acredite, é suficiente. Depois vem um “passeio” pelo miolo da pista do autódromo onde se aprende os pontos de frenagem, aceleração e a maneira correta de entrar nas curvas.

Finalmente, o slalom. Aqui é preciso percorrer um trecho com cones, desviando em velocidade e, claro, sem derrubar nenhum deles. Na volta, pelo mesmo percurso, se faz tudo novamente e na chegada ainda é preciso não atropelar o cone que fica no final do exercício, o que exige colocar em prática os ensinamentos lá do início, da frenagem. Aqui temos um motivo a mais para poupar os cones. O instrutor, o piloto Fábio Carbone, marcou o tempo dos participantes. Cones derrubados no trajeto, desconto de 5 segundos. Derrubou o último? Menos 10 segundos.

Depois, no período da tarde, é a hora de colocar em prática, na pista, tudo o que aprendemos. A experiência é única porque, sabendo o que deve ser feito, dá para tirar o máximo de proveito do carro o Audi TT com motor 2.0 turbo, 4 cilindros, de 211 cavalos e também da pista. E no final, para você entender que ainda falta um “pouquinho” para ser profissional, você dá uma volta no banco do carona com o Maurizio Sala. Ah, só para constar, consegui um honroso terceiro lugar no slalom.

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