M-Benz Classe A 2004 passa por alguns retoques

O Mercedes-Benz Classe A 2004 não apresenta grandes mudanças de estilo, mas seu desempenho, conforto e segurança ainda impressionam. Mas aspectos que não podem deixar de ser notados nesse carro são os seus atributos de alta tecnologia e de itens de segurança.

A maior alteração estética no veículo foi à instalação dos pisca-piscas nos espelhos retrovisores, recurso que aumenta a sensação de segurança no trânsito, desenvolvido inicialmente para o topo de linha Classe S. A grade na cor prata, os faróis de neblina e rodas aro 15 polegadas com pneus 195/55 ajudam a compor o belo visual do carro.

Internamente, o motorista encontra boa posição para dirigir no Classe A. O campo visual é de minivan, em parte por causa do banco elevado e da frente encurtada. O painel de instrumentos é simplificado, o que não quer dizer incompleto.

Todas as informações estão concentradas em três contadores principais (conta-giros, velocímetro e marcador do reservatório de combustível). O relógio digital no centro acumula várias funções, entre elas hodômetro regular e parcial, medidor de temperatura e relógio.

Com o câmbio (automático de cinco velocidades) no modo seqüencial, as marchas são trocadas com rapidez por simples toques na alavanca. Sua aceleração de 0 a 100 km/h foi feita em razoáveis 11,5 segundos. Além disso, no modo automático, o monitoramento eletrônico se encarrega de adaptar a maneira como são realizadas as trocas ao estilo de dirigir de cada motorista. Todos esses recursos resultam em retomadas rápidas.

Na posição “Drive”, foram necessários 6,7 segundos para ir de 60 a 100 km/h. À medida que a velocidade aumenta o carro fica mais firme e estável. E com leves toques para cima e para baixo na pequena chave à esquerda do volante, o motorista programa uma velocidade de cruzeiro e evita multas por excesso de velocidade, por exemplo.

Mas para quem acha caro, mas não quer abrir mão de sonhar com um Mercedes-Benz na garagem, a melhor alternativa é a versão Classic (câmbio manual), equipada com motor 1.6 de 102 cv de potência e que custa menos de R$ 40.000,00.

O Mercedes Classe A deve receber em breve uma reforma visual. Pelo menos no mercado europeu, já que desde que foi lançado na Europa, no início de 1998, não recebeu mudanças estéticas significativas. Mas, mesmo assim, ainda se mantém atual.

Os principais problemas ficam por conta da estreita janela traseira (que prejudica a visibilidade) e dos bancos duros, que prejudicam o conforto. Os assentos traseiros podem ser retirados para ampliar o espaço para bagagem, mas o sistema que permite a remoção poderia ser mais prático.

Ponto positivo do Mercedes Classe A Elegance é o comportamento nas curvas, atributo que foi conseguido com ajuda do controle eletrônico de estabilidade (ESP) e do ajuste mais rígido da suspensão, que, por outro lado, prejudica a absorção das irregularidades do piso.

A boa posição de dirigir, com o volante na horizontal, é outro ponto positivo, assim como o aproveitamento do espaço interno, que inclui bancos removíveis (opcional) e com pequenas gavetas embutidas.

Testado na versão equipada com motor 1.9 (125 cavalos) e câmbio automático, o carrinho prova que é ágil e seguro, mas peca principalmente pela rigidez da suspensão e pelo preço acima do ideal.

Os problemas ficam por conta dos assentos duros (que chegam a incomodar em viagens longas) e pela suspensão rígida demais para o asfalto esburacado e cheio de ondulação das ruas e estradas brasileiras.

Classificado em boa parte das tabelas de veículos como minivan, o Classe A também é chamado por outros de monovolume. Ambos os rótulos podem ser bem aceitos, no entanto, o “design” do M-Benz Classe A parece ser muito exclusivo para ser enquadrado num mesmo segmento que já possui tantos modelos que têm mais semelhança entre si.

Muita gente acha seu preço proibitivo ou fora de seu segmento, e sua manutenção muito cara. Mesmo assim, é um carro que qualquer um gostaria de ter em sua garagem. (BN)