Honda apresenta a “nova” NX 400i Falcon 2012

Quando a Honda apresentou a “nova” NX 400i Falcon 2012 pela primeira vez à imprensa no início de julho houve certo desapontamento. Com algumas alterações estéticas e nenhuma novidade na parte ciclística, a única mudança no retorno da trail de 400cc ficava por conta da injeção eletrônica de combustível.

Somente um olhar mais atento revela as novidades do modelo. Afinal, até mesmo a cor vermelha metálica remete as primeiras Falcon, lançadas em 1999. As aletas laterais mudaram e a carenagem do farol ganhou linhas mais angulosas. Toda a parte traseira foi reestilizada, seguindo os traços da XRE 300: uma única peça na cor cinza traz bagageiro e alças para a garupa embutidas. Até a lanterna é a mesma da antiga Falcon. O painel digital é novo. Novo, pelo menos na Falcon, já que também veio da XRE 300. E os espelhos retrovisores também mudaram.

De inédito mesmo, só a injeção eletrônica de combustível que faz o motor acordar rapidamente, já no primeiro toque no botão de partida. O monocilíndrico de 397,2 cm3 com comando simples no cabeçote (OHC) e sistema RFVC (Radial Four Valve Chamber) com quatro válvulas já em marcha lenta parece funcionar mais redondo, porém com o “barulho” excessivo de outrora.

As acelerações ficaram mais lineares e suaves. A tendência que o grande monocilíndrico tinha de morrer em rotações baixas foi praticamente neutralizada na nova Falcon. Um defeito da versão anterior era que o motor de quatro válvulas exigia sempre rotações altas e demonstrava falta de torque em baixos giros. Agora, apesar de contar com o mesmo câmbio de cinco marchas (com as mesmas relações) e a mesma transmissão final por corrente, a nova Falcon tem mais força em baixa.

A injeção, aliás, foi o motivo que permitiu à Falcon retornar ao mercado nacional. No final de 2008, sua venda foi interrompida no Brasil porque o antigo carburador não atendia ao Promot 3, que entrou em vigor em 2009. Com o motor injetado e o catalisador, a Falcon agora atende às regras de emissão de poluentes para motocicletas em níveis abaixo dos estabelecidos pela legislação.

Como resultado de estar menos poluente, o modelo perdeu cerca de dois cavalos e alguns décimos de torque no desempenho. O propulsor agora desenvolve potência máxima de 28,7 cv a 6.500 rpm, e torque máximo de 3,27 kgfm a 6.000 rpm.

Por outro lado, a injeção proporcionou redução no consumo. Rodando a 110 km/h na estrada, a Falcon fez 25,8 km/l e, na cidade, obteve média de 23,6 km/l acima dos 20 km/l do antigo modelo carburado. Equipada com o mesmo tanque de 15,3 litros (reserva de 5,3 litros) a autonomia chegaria a quase 400 km.

Velha conhecida

No mais, a Falcon continua a mesma. A parte ciclística traz o quadro em aço do tipo berço semiduplo e as mesmas suspensões: garfo telescópico convencional, na dianteira, e balança com um único amortecedor fixado por links, na traseira. As rodas continuam sendo de aço aro 21 polegadas, na frente, e 17, atrás com freio a disco em ambas. Até mesmo os pneus são os velhos conhecidos Pirelli MT 60 de uso misto nas medidas 90/90 21 (dianteiro) e 120/90 17 (traseiro).

Com o banco largo e posição de pilotagem ereta, a Falcon manteve uma de suas principais qualidades: o conforto. Com preço sugerido pela fábrica de R$ 18.900, a nova Falcon está disponível em três opções de cores: vermelha metálica, preta e prata. A meta da Honda é vender 11 mil unidades por ano.

Doni Castilho/Agência Infomoto
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