Fiat Toro chega para concorrer com o Oroch e picapes

Após inúmeros flagras pelas ruas e rodovias do país e informações que se confirmaram e outras não, a Fiat finalmente lança a picape Toro, que atuará no segmento compacto-média. Cercado de muita expectativa, especialmente quanto aos preços oficiais, o modelo chega para encarar não só o Renault Oroch, seu rival de categoria, mas também as versões de entrada de picapes maiores e até sedãs médios e utilitários compactos.

Oferecido com cabine dupla e espaço suficiente para levar cinco passageiros sem apertos, o Toro começa em R$ 76.500 na versão Freedom 1.8 4×2, com câmbio automático de seis marchas. O preço inicial faz o Toro descolar do Oroch (R$ 64.000 a R$ 72.400), assumindo uma posição intermediária entre o representante da Renault e a Chevrolet S10 LT flex cabine dupla (R$ 95.490).

Para a Fiat, seu veículo ocupa um patamar acima do concorrente feito em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, com apelo próximo ao dos utilitários esportivos. A montadora, inclusive, planeja vender o Toro como se fosse um SUV, tanto que criou uma nova sigla para definir seu produto: ‘SUP’ (Sport Utility Pick-up).

A topo de linha Volcano 2.0 turbodiesel 4×4, com transmissão automática de nove velocidades, chega por R$ 116.900. Há ainda a série especial de lançamento Opening Edition, limitada a 1 mil unidades e baseada na Freedom 1.8.

E, ao contrário do que se previa, não haverá uma versão manual na motorização bicombustível. “Começamos já com a caixa automática por que nesta faixa de preço o público deseja esse tipo de transmissão, e não a mecânica. Diferentemente de quem prefere a versão a diesel, na qual o mercado mostra que existe a demanda pelo câmbio manual”, justifica Carlos Eugênio Dutra, diretor de Produto da Fiat Chrysler Automobiles (FCA). As vendas terão início no próximo dia 20.

Caçamba terá abertura bipartida./Foto: Divulgação

O Toro possui o porte e a altura de um SUV. São 4,91 metros de comprimento e a mesma plataforma do Jeep Renegade, com quem divide a linha de montagem em Goiana (PE). A carroceria é montada em monobloco e a suspensão traseira feita na arquitetura multibraço independente (multilink), o que favorece o conforto, sem o sacolejar interno típico de picapes, e bom espaço interno.

Os encostos do banco traseiro não são tão inclinados como se vê no Oroch e nas versões cabine dupla de Strada ou Volkswagen Saveiro. Isso garante viagens mais longas nos bancos de trás sem incomodar a coluna.

Marcelo Vianna/Fiat

Todos os cintos de segurança são de três pontos e há apoios de cabeça para todas as posições, em todas as versões, além de tomada 12V e entrada USB na parte traseira.

O propulsor 1.8 E.torQ Evo flex do Renegade (132 cv) foi recalibrado para render até 139 cv e 19,3 kgfm de torque, sempre no câmbio automático de seis velocidades. Já o 2.0 turbodiesel desenvolve 170 cv máximos e 35,7 kgfm de torque, administrado pela transmissão manual de seis marchas (configurações 4×2 e 4×4) ou automático de nove velocidades (só 4×4).

As opções 4×4 trazem um seletor de marcha reduzida para diferentes tipos de terrenos fora de estrada, dispositivo também vindo do Renegade. A capacidade de carga da caçamba é de 650 kg para o bloco ‘mais fraco’ e chega a 1 tonelada no mais forte – mínimo exigido para permitir a comercialização de versões a diesel no Brasil.

,O Enkontra.com Veículos participa em Campinas do test-drive e trará ao longo desta semana mais informações sobre o modelo.