Os modelos que utilizam a tecnologia que possibilita o uso de dois combustíveis, gasolina e álcool em qualquer proporção, ou mesmo puros vão sendo mostrados aos poucos pelas montadoras instaladas no País. A corrida do “flex fuel” continua.
Depois da Volkswagen, como o Gol 1.6 Total Flex, agora é a vez da Fiat apresentar o Palio Fire 1.3 Flex Fuel, dez dias depois do concorrente. A apresentação do modelo deve ocorrer logo, no início do segundo semestre, provavelmente em julho.
A montadora italiana, sediada em Betim (MG), está somente definindo alguns detalhes da estratégia comercial. O preço do Palio com sistema híbrido ainda é segredo, mas a expectativa da Fiat é estender o seu “flex fuel” para toda a família Palio (Siena, Strada e Palio Weekend).
Quem está concorrendo com a Fiat para ver quem será o segundo a colocar um veículo bicombustível no mercado é a GM do Brasil. O modelo a ser escolhido pela marca norte-americana para debutar a nova tecnologia deve ser o Corsa 1.8. A GMB não adiantou ainda qualquer tipo de informação sobre o seu projeto, mas sabe-se que o sistema já foi testado, por exemplo, no Vectra com resultados positivos.
O Palio Fire Flex Fuel usa o sistema de injeção de combustível da Magneti Marelli (o mesmo adotado pela Volkswagen para o Gol Total Flex). O motor do Palio gera 70 cavalos de potência a 5.500 rpm, usando maior proporção de gasolina e 71 cv a 5.500 rpm, se tiver mais álcool no tanque de combustível. O torque (força) fica em 11,1 kgfm a 2.500 rpm (gasolina) e 11,3 kgfm a 2.500 rpm (álcool).
Apesar de ter apresentado o Fiesta 1.6 Flex Fuel primeiro, há quase um ano, durante a inauguração do complexo industrial de Camaçari, na Bahia, a Ford descuidou-se e pelo que se vê, ficou para trás. A montadora deve colocar o seu carro bicombustível à venda mais para o fim do ano. A única vantagem da Ford em retardar as vendas do Fiesta Flex Fuel é que a montadora poderá verificar se o mercado vai consolidar ou não essa tecnologia. Acreditamos que o preço seja fator decisivo.