Empresa Mercedes-Benz esconde alguns “tesouros”

Além do luxuoso e moderno museu em Stuttgart, na Alemanha, que recebe anualmente milhares de visitantes, a Mercedes-Benz esconde alguns tesouros que só são vistos por poucos privilegiados. Como, por exemplo, o Classic Center em Fellbach, próximo a Stuttgart, que em seus 12 galpões, sem qualquer letreiro ou identificação e fechado ao público, escondem centenas de raridades que fazem parte da história da marca alemã.

Desde o seu nascimento, a Mercedes-Benz sempre teve a preocupação de conservar modelos históricos, porém, durante a Segunda Guerra Mundial eles foram levados para diferentes locais e a marca não mediu esforços para resgatar todos estes carros e posteriormente fundar o Classic Center em 1993.

A convite da Mercedes-Benz do Brasil, tivemos acesso a um dos galpões que guarda os carros de corrida da marca, desde o modelo Simplex, de 1902. A cena é impressionante e de derrubar o queixo. Em perfeito estado e funcionando, estavam ali todos os bólidos de competição da marca que conquistaram vitórias na Fórmula 1, Rali, Endurance e turismo. De acordo com o guia do Classic Center, Denis Hech, esses automóveis que são bem raros e não são colocados à venda fazem apenas poucas aparições em ralis de clássicos, desfiles ou eventos especiais. Entre elas está o 300 SL número 2, que, segundo Hech, é o mais antigo modelo de série do mundo. Também está lá o 190E 2.3-16, que foi pilotado em 1984 por Ayrton Senna na inauguração do novo traçado da pista de Nürburgring (ALE).

No entanto, o que mais chama a atenção são os superpotentes “Flecha de Prata”, que dominaram as provas de GP na década de 30. Eles estão perfilados e logo atrás há caixotes empilhados com modelos da Mercedes (1954,1955, 2010, 2011 e 2012), Sauber (1994) e McLaren (1995 a 2012), que conquistaram vitórias com os motores Mercedes. Em outras prateleiras estão guardadas algumas unidades da McLaren, Sauber e um Penske 1994 da Fórmula Indy. A marca ainda teve o cuidado de conservar os caminhões que faziam o transporte destes carros, além de montar uma galeria com as fotos dos pilotos que tiveram a felicidade em andar nas relíquias.

Além de ser responsável por este acervo, o Classic Center ainda é formado por uma concessionária de antigos e de uma oficina de restauração e de manutenção de carros de colecionadores e clientes especiais. Somente na data da visita, lá estavam três modelos 300SL dos anos 50, avaliados em alguns milhões, caso fossem colocados à venda.

* O jornalista viajou a convite da Mercedes-Benz.


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