Curitiba é destaque na área do antigomobilismo

Na área do antigomobilismo, Curitiba sempre foi uma capital de destaque no Brasil, em função da existência, nesta cidade, de grande número de colecionadores de veículos e clubes do ramo, alguns destes de grande porte e com patrimônio físico invejável.

Aqui estão estabelecidos colecionadores que possuem desde apenas 1 até mais de 40 ou 50 veículos, verdadeiras raridades, além de um sem número de apreciadores. Eventos nessa área são frequentes e atraem as atenções de colecionadores de todo o país, para não falar em oficinas mecânicas e lojas especializadas.

Muito bem. Houve época em que não existia um local público apropriado para que os antigomobilistas se reunissem para mostrar seus veículos, conversar, “trocar figurinhas” e fazer novas amizades (veículo antigo funciona como uma baita alavanca neste sentido), além de proporcionar ao público um bonito espetáculo sobre rodas.

Conversa daqui e dali, alguns antigomobilistas começaram a se reunir num e noutro local e o movimento foi crescendo assustadoramente, reunindo cada vez mais colecionadores e público admirador de veículos antigos.

Assim, surgiram alguns pontos no âmbito da cidade, tais como praças, ruas e logradouros onde era possível tal reunião. Na sequência, alguns proprietários de estabelecimentos comerciais viram que aquele movimento poderia ser útil para eles também e, felizmente, cederam espaço.

Um dos primeiros espaços nos quais isto aconteceu foi o pátio de estacionamento do Posto Pérola, na rua desembargador Westphalen. Com o crescimento do número de frequentadores, sempre às terças-feiras à noite, estes passaram a se reunir no pátio da empresa Cassol, nas proximidades da Estação Rodoferroviária e depois no estacionamento do centro comercial Estação Plaza.

Foi aí então que os membros do Puma Clube tiveram a iniciativa de mobilizar autoridades municipais, no caso os vereadores João Claudio Derosso e Julieta Reis e conseguiram junto à Prefeitura Municipal um local público para as reuniões semanais, ou seja, uma das ruas que margeia a praça defronte ao estádio de futebol do Clube Atlético Paranaense.

O local foi então revitalizado, com espaço para barracas de vendedores de alimentos, produtos artesanais e outros, passando a ser o ponto oficial de encontro dos antigomobilistas.

Só que, sem o apoio dos órgãos municipais da área, que poderiam ser mais interessados, o local foi deturpado e invadido por pessoas que não são do ramo, perdendo o objetivo de entretenimento e congraçamento, tornando-se uma “pedra” (local de venda de carros usados), ponto de motoristas baderneiros, afastando de vez os verdadeiros antigomobilistas.

Agora, graças, o pessoal do Puma Clube retomou a iniciativa e a partir de terça-feira, dia 22, as coisas estão retornando às suas origens, com disciplina, ordem e respeito ao próximo, para gáudio de todos. Ora, preservar veículos é preservar a história, é cultura.

A reunião dos antigomobilistas é fator de atração turística, é saudável, movimenta a cidade, cria novo local de lazer, movimenta recursos e abre espaço para trabalhadores.

Portanto, os órgãos municipais devem olhar o movimento com mais atenção, dar apoio permanente e não esporádico, pois, o assunto é de interesse de vasta parcela dos munícipes. Na foto, camionetas na praça do Atlético, antigamente.