Citroën AirCross é genuinamente nacional

Criado por brasileiros para brasileiros. Assim a Citroën fez questão de salientar origem e destino de seu mais novo lançamento, o utilitário urbano AirCross.

O carro é novidade mundial. Fazia tempo que o segmento de compactos aventureiros não recebia um integrante totalmente novo.

E o Idea Adventure, EcoSport e CrossFox e são velhos conhecidos dos brasileiros. Por isso, o AirCross chega com terreno para trilhar. Assim como os rivais, o Citroën não é muito chegado à lama. Só o Fiat Idea, com seu sistema de bloqueio de diferencial Locker, foge à regra e oferece alguma capacidade fora-de-estrada.

O apelo no monovolume aventureiro da montadora francesa é basicamente visual.

O AirCross é moderno e tem traços incomuns. Ao vivo, o modelo parece bem maior que nas fotos. É encorpado e tem o capô alto, imponente.

A carroceria fica ainda mais comprida com o estepe instalado na tampa do porta-malas. O AirCross é equipado com motor 1.6 litro flex, de quatro cilindros em linha e 16 válvulas, o mesmo usado no “hatch” C3.

Seu motor produz 110/113 cv de potência com gasolina e álcool e razoáveis torques de 14,5 kgfm aos 4 mil giros e de 15,8 kgfm aos 4.500 rpm, na mesma ordem. Há energia suficiente, só que limitada para o peso de 1,4 tonelada (versão Exclusive).

Em movimento, a minivan da Citroen disfarçada de “jipinho” ofereceu boas arrancadas, sem demonstrar muito cansaço. Só nas retomadas deu impressão de faltar um pouco de fôlego.

O nível de ruídos internos é baixo. O pára-brisas panorâmico oferece visibilidade surpreendentemente.

Seu conjunto de suspensão, embora simples, com McPherson na frente e eixo de torção atrás, também trabalha de forma suave, filtrando com eficiência os buracos e desníveis corriqueiros do nosso asfalto.

Apesar de mais macio, dinamicamente o conjunto da suspensão mantém o modelo bem equilibrado em retas e curvas.

A posição de dirigir é boa graças e os ajustes disponíveis. O banco é confortável, com bom apoio lateral.

O volante tem regulagens de altura e profundidade e a ergonomia é ótima. O câmbio curto de 5 marchas deixou o Aircross esperto na cidade, mas cobra no consumo. Com gasolina na estrada, a média ficou em 12,4 km/l. Com álcool, não passou de 9,3km/l.

Seus pneus Pirelli de uso misto calçam rodas aro 16, de série nas versões GLX e Exclusive.

Nas ruas de chão batido e com buracos, o AirCross passa incólume. A direção tem assistência hidráulica convencional, mas é tão leve que parece elétrica.

E na rua chamou bastante a atenção dos transeuntes e ocupantes de outros carros. O aventureiro da Citroën está pronto para encarar a longa estrada à frente. Acreditamos que vai fazer sucesso. Só nos resta aguardar a resposta do consumidor.

Ficha técnica

Motor: Dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 16 válvulas, comando duplo (DOHC), injeção eletrônica, gasolina e álcool
Cilindrada: 1.587 cm³
Potência: 110 cv (G) e 113 cv (A) a 5.800 rpm
Torque: 14,5 kgfm (G) a 4.000 rpm e 15,8 kgfm (A) a 4.500 rpm
Câmbio: Manual de 5 marchas
Comprimento: 4,28 m
Largura: 1,72 m
Altura: 1,69 m
Entre-Eixo: 2,54 m
Porta-Mala: 403 litros
Suspensão: Independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora na dianteira; por eixo rígido, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora na traseira
Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás, com ABS e EBD
Tanque: 55 litros de combustível
Preço sugerido: R$ 69.100,00

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