Atuação policial no caso Celso Daniel deu origem ao título do documento da Anistia

A atuação da polícia civil paulista em 2002 no caso do seqüestro e assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, do PT, deu origem ao título do documento Eles Entram Atirando ? Policiamento de Comunidades Socialmente Excluídas no Brasil, lançado ontem (2) pela Anistia Internacional (AI). "Incursões policiais de grande escala nas comunidades carentes, acompanhadas de ampla cobertura dos meios de comunicação são, em muitas cidades, o carro-chefe das políticas de segurança pública", avalia a AI.

De acordo com o documento, a Polícia Civil organizou, na comunidade Pantanal (periferia de São Paulo), "a maior operação de busca jamais realizada pela corporação" após a morte de Celso Daniel. "Segundo reportagens de jornais, em março de 2002, 1.200 policiais civis invadiram a comunidade Pantanal, na periferia de São Paulo. De acordo com os relatos, eles revistaram 3.817 locais diferentes, 2.210 pessoas e 2.126 veículos, tudo isso com um único ?mandado de busca coletivo?. ?Eles entram atirando? era uma frase constantemente repetida aos delegados da Anistia Internacional."

O documento da AI será tema de uma campanha mundial de um ano, para solicitar apoio às organizações que atuam em defesa dos direitos humanos no Brasil e na campanha da entidade para que os governos adotem políticas internas de controle da venda de armas de fogo e também de uma política mundial para isso. Ele está disponível em diferentes línguas no portal da entidade na página da internet www.amnesty.org

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