Ataques e tiroteios deixam mais 70 mortos no Iraque

Vários ataques com bombas e tiroteios deixaram hoje no Iraque mais de 70 mortos, incluindo um soldado americano e outro britânico, em meio aos esforços do governo iraquiano e do Exército dos EUA de reforçar a segurança em Bagdá, alvo de violência sectária.

Uma bomba na estrada entre Tikrit e Beiji, ao norte de Bagdá, explodiu durante a passagem de um ônibus com soldados iraquianos matando as 24 pessoas que estavam a bordo. Um soldado britânico morreu durante um ataque com granadas de morteiro contra uma base militar na cidade de Basra, sul do Iraque. A Grã-Bretanha perdeu 115 soldados no Iraque desde a invasão liderada pelos EUA em março de 2003.

O soldado americano morreu em um ataque a tiros na Província de Anbar, a oeste de Bagdá, onde 45 xiitas foram seqüestrados nos últimos dias na estrada que leva à Síria e à Jordânia. Desde a invasão, morreram 2.579 soldados americanos no Iraque.

A explosão de um carro-bomba matou sete pessoas, seis delas civis, em Muqdadiyah, cerca de 100 quilômetros a nordeste de Bagdá. Três soldados iraquianos foram mortos na explosão de outro carro-bomba na cidade de Tal-Afar, norte do Iraque.

Em Bagdá, no bairro de Karrada, um suicida lançou um carro-bomba contra soldados que recebiam seus soldos em um banco, matando pelo menos 14 pessoas. A explosão destruiu vários automóveis e espalhou pedaços de corpos pela rua. Abdul-Hassan Mohammed, um professor aposentado de 62 anos, disse que a explosão o lançou contra um muro a quatro metros de distância.

Este é o terceiro grande atentado em Karrada, um reduto xiita no centro de Bagdá, em menos de uma semana. Karrada, onde vivem importantes políticos iraquianos, tem sido cenário da crescente violência entre xiitas e sunitas nos últimos meses. O Exército americano está deslocando cerca de 3.700 soldados de Mossul para Bagdá para tentar conter as milícias xiitas e os rebeldes sunitas. As tensões sectárias são a maior ameaça ao governo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, há dois meses no cargo. Maliki apresentou um plano de reconciliação de 24 pontos que tem muitas promessas, mas poucos detalhes, e impôs duras medidas de segurança na capital.

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