Ata do Fed faz ampliar a cautela no mercado

Os alertas da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e de um dirigente da instituição sobre o nível do núcleo da inflação ‘indesejavelmente alto’ determinaram o fechamento em queda das bolsas e em alta dos juros e do dólar aqui. Também preocupou os investidores o choque de um avião com um prédio em Nova York na tarde de ontem. Do lado positivo, o barril do petróleo do tipo leve encerrou o dia no menor nível desde dezembro de 2005, a US$ 57,59.

O dólar, que abriu em alta e caiu às mínimas no início da tarde, retomou os ganhos após a ata do Fed e renovou as máximas antes do fechamento, em meio a dúvidas sobre se o acidente aéreo em Nova York era ou não um ato terrorista. A moeda americana fechou em alta de 0,23%, cotada por R$ 2,158.

A Bovespa teve ontem motivos de sobra para fechar no vermelho, a começar pela seqüência de altas registradas nos últimos pregões, que já estava ‘chamando’ uma realização de lucros. Além disso, contribuíram para o recuo de 0,86% a divulgação da ata do Fed, a queda nos preços do petróleo (que se refletiram nos papéis da Petrobrás), a perda do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) na pesquisa Datafolha, e o choque do avião em Nova York.

No mercado americano, aliás, as bolsas também encerraram em baixa. O Índice Dow Jones caiu 0,13%, a Nasdaq recuou 0,31% e o S&P 500 teve baixa de 0,26%. O Ibovespa fechou ontem aos 38.322 pontos.

No mercado de juros, os contratos de DI com vencimento em janeiro de 2008, de maior liquidez, fecharam a 13,30%, ante 13 29% na véspera. Os contratos com vencimento em janeiro de 2007 embutiram taxa de 13,63%, ante 13,64%. Apenas os contratos de prazos mais longos – devolvendo uma longa seqüência de quedas – fecharam com altas um pouco mais significativas: o DI que vence em janeiro de 2009 fechou a 13,45%, ante 13,42%.

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