Em cerimônia no Senado, o movimento "De Olho no Imposto" entregou hoje 1,5 milhão de assinaturas de apoio a um projeto que obriga a especificação de quanto se cobra de impostos nos preços dos produtos vendidos. As assinaturas foram coletadas em 22 cidades de São Paulo, em Curitiba e em Salvador. A proposta, segundo o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), será assumida por ele e pelos líderes do Congresso Nacional. O projeto deve ser somado a outros que tratam do mesmo assunto e tramitarão todos em conjunto. A proposta pode ser colocada em regime de urgência de votação, assim que a pauta for destravada pelas medidas provisórias.
O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, líder do movimento, afirmou que o projeto é importante porque dá transparência à questão tributária e permite que o povo saiba exatamente quanto paga de imposto para depois cobrar a sua aplicação de forma adequada. Também presente na cerimônia, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, considera que o projeto forçará a realização de uma reforma tributária, pois, ciente de quanto paga, a população exigirá a redução da carga tributária.
Para o líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), a carga tributária é o maior problema econômico do País. "O câncer do Brasil é a carga tributária.". Os líderes do PMDB e do governo no Senado, Ney Suassuna (PB) e Romero Jucá (RR), também manifestaram apoio e assinaram o projeto entregue pelo movimento.