As várias faces da Mostra João Turin agrada ao público

A sétima edição da Mostra João Turin, que abriu esta semana, é definida segundo diretora da Casa João Turin, Elisabete Turin, como ?uma mostra capaz de agradar a todo tipo de público?. A exibição consegue atender a vários tipos de propostas dentro da arte tridimensional, do clássico ao moderno, além de trazer as expressões mais variadas do Norte ao Sul do País. Foram selecionadas 66 obras, divididas em 20 instalações, que contemplam um universo de 40 artistas.

Para Rosemeire Odahara Graça, membro da comissão de seleção e premiação, acredita que a mostra tem na sua essência uma força maior do Sul do Brasil, mas apresenta um número de representantes de outras regiões bastante significativos. ?É uma preocupação. A mostra aos poucos consegue ampliar essa relação, trazer gente de várias regiões, outras visualidades?, explica.

Odahara comenta que o critério que norteou a seleção foi, principalmente, a questão específica da significância para o discurso da linguagem visual contemporânea. ?Isto é aquilo que os artistas estão trazendo para o limite das artes, em particular da obra tridimensional, e como ela pode ser vista de forma diferente. Os vários conceitos de tridimensionalidade. Isto inclui artistas que apresentam qualidade nesta discussão e obras que ultrapassem os limites entre as artes e trazem o resultado interessante?.

Como exemplo, Odahara cita a obra de Thorben Jensen – uma caixa em forma de estúdio de ensaio com uma banda de rock (Os Catalépticos) ensaiando dentro dela. ?Essa interação entre o contexto da música para um espaço das artes plásticas, quando o som estiver acontecendo, é salutar para a reflexão do limite das artes?, considera.

A artista Georgiana Vidal, de Curitiba, que recebeu o Prêmio Governo do Estado disse estar realizada com o reconhecimento. ?É muito especial. Essa é a segunda vez que participo da mostra. O prêmio é um sonho e quando você sonha de verdade as coisas acontecem?. A artista, que também é professora de arte infantil, disse que a obra surgiu de um sonho que ela visualizou e concretizou. ?Alguns amigos estranharam, acharam, quando eu comprei o carrinho, que iria mudar de profissão e catar papel na rua?, brinca.

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