As alternativas para a suinocultura

Foto: Arquivo

Custo da produção da carne suína vem aumentando.

Brasília – O acesso aos recursos de empréstimos do governo federal (EGF) e a criação de uma linha especial de crédito (LEC) específica para a carne suína estão entre as saídas encontradas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para apoiar os suinocultores brasileiros, que enfrentam um momento de excesso de oferta, queda nos preços e aumento nos custos de produção. A proposta foi apresentada nesta semana pelo secretário de Política Agrícola do Mapa, Edílson Guimarães, durante audiência pública na Câmara dos Deputados.

 O Mapa estuda também a possibilidade do retorno de financiamentos para retenção de matrizes e a substituição de garantia por carne suína nas operações de Empréstimos do Governo Federal (EGF) para o milho. ?Essas medidas dariam fôlego ao setor, melhorando o fluxo de estoque de produto e de matérias-primas?, destaca o secretário.

Os produtores pleiteiam a retirada do excesso de suínos do mercado por meio de compra direta pelo governo, via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mas segundo Guimarães, a operação não pode ser realizada neste momento porque a carne suína não está contemplada no Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).

De acordo com o setor, os produtores estão vendendo o quilo da carne por um preço médio de R$ 1,35, abaixo do custo de produção, estimado em R$ 1,87. O preço da ração, que representa entre 70% e 80% do custo total, está em alta em função da elevação do preço do milho no mercado internacional. Além disso, há um excesso de oferta. Para 2007, a expectativa de produção é de 2,9 mil toneladas.

Por outro lado, houve aumento das exportações este ano. De janeiro a abril de 2007, comparando com o mesmo período do ano passado, o volume exportado foi 40% maior. Somente no mês de abril, as vendas externas cresceram 114%, na comparação com abril de 2006. 

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