Os aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aproveitaram as comemorações do Dia do Aposentado, hoje (24), para iniciar a campanha nacional da categoria. Além de exigir o fim das filas nas agências da Previdência, eles pedem mudanças na forma de reajuste das aposentadorias.
Pela lei, nenhum aposentado pode receber benefício inferior ao salário mínimo, hoje de R$ 300. Sendo assim, o aumento anual desses vencimentos acompanha o reajuste do mínimo. Mas as aposentadorias que ultrapassam esse valor são reajustados por índices menores, causando achatamento na renda dos aposentados.
No lançamento da campanha, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) reuniu cerca de 500 pessoas em frente à sede do INSS, no centro de São Paulo, para reivindicar a recomposição das aposentadorias e do poder de compra da categoria. Em seguida os manifestantes, usando nariz de palhaço, caminharam até a quadra do Sindicato dos Bancários.
Segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), feita a pedido da CUT, 15 milhões dos 24 milhões de aposentados recebem até um salário mínimo. O restante, mais de 60% do total, seria beneficiado pela mudança no cálculo do reajuste.
A Força Sindical aproveitou a data para reinaugurar a sede do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas na Rua do Carmo, centro de São Paulo. Políticos e sindicalistas fizeram discursos defendendo a recomposição do poder de compra dos segurados do INSS. O presidente da central, Paulo Pereira da Silva, defendeu o reajuste integral das aposentadorias com valor superior ao mínimo.