O apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao candidato do PP ao governo de Santa Catarina, Esperidião Amin, pode causar estragos na campanha presidencial no Estado. Amin disputa o segundo turno com o candidato à reeleição Luiz Henrique da Silveira (PMDB), partido que apóia Lula na maioria dos Estados. O prefeito petista de Itajaí, Volnei Morastoni, que apóia Silveira, reagiu e considerou o apoio equivocado. "A posição do partido para o segundo turno era de liberar os filiados", disse nesta quarta-feira (25) em Florianópolis, num encontro de apoio à candidatura peemedebista. Segundo Morastoni, o presidente ratificou um equívoco do PT, que foi ter-se afastado do governador licenciado e candidato do PMDB.
O atual governador disse, no evento desta quarta-feira (25), que o acordo do PP com o PT foi "um arranjo de última hora" e não vai afetar sua liderança nas intenções de voto. "O eleitor vai votar pela coerência, contra a política velhaca." O candidato do PMDB também recebeu a visita do senador Jorge Bornhausen, presidente nacional do PFL e um dos articuladores da campanha de Geraldo Alckmin à Presidência.
Assessores de Amin consideram que o apoio de Lula é o fato político mais importante na reta final da campanha e pode significar uma "virada" nas intenções de voto. Na última pesquisa do Ibope no Estado, divulgada dia 21, Silveira estava bem à frente, com 53% contra 38% do concorrente. De acordo com os assessores, a ala petista liderada pela senadora Ideli Salvatti está "fechada" com o candidato do PP.