Ao STJ, diretora da Gautama nega ter visitado Silas Rondeau

Maria de Fátima Palmeira, diretora comercial da Construtora Gautama, afirmou à ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que ?não conhece, nem nunca esteve? com o ex-ministro Silas Rondeau, alvo da Operação Navalha. Ela depôs por mais de 8 horas entre sexta-feira à noite e ontem. A Polícia Federal sustenta que a executiva foi ao Ministério das Minas e Energia com um envelope com R$ 100 mil, que teriam sido entregues a Rondeau. Para reforçar o argumento, a PF juntou aos autos imagens do circuito interno do ministério em que Fátima aparece tomando o elevador privativo para chegar ao andar onde funcionava o gabinete do ex-ministro.

Questionada por Eliana sobre o que levava no envelope, Fátima negou que fosse dinheiro: ?Era apenas uma documentação de rotina do meu dia-a-dia, não havia qualquer quantia em dinheiro.? Ela insistiu que nunca se encontrou com Rondeau. Segundo seus advogados, Fátima respondeu a todas as questões. Mas a ministra considerou confuso seu depoimento e a mandou de volta para a carceragem da PF.

Depois de Fátima, foi chamado para depor o empresário Zuleido Soares Veras, dono da Gautama, mas ele se recusou a fazer qualquer declaração. A defesa o orientou a permanecer calado, sob alegação de que não teve acesso ao DVD com 585 ligações telefônicas interceptadas pela PF entre junho do ano passado e abril. A ministra Eliana também determinou sua recondução à prisão federal. O funcionário da construtora no Piauí João Manuel Barros foi outro que depôs ontem e continuará preso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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