Alta funcionária da saúde paraguaia morre com dengue

A chefe do departamento de enfermaria do Ministério da Saúde do Paraguai, María Catalina Roa, morreu nesta sexta-feira (2) vítima da dengue, uma epidemia que vem perdendo o controle neste país. Roa estava internada em um hospital estatal em Assunção há duas semanas. Após o anúncio da morte de Roa, cerca de 500 funcionários públicos da área de Saúde se reuniram em frente à sede do ministério para pedir a renúncia do ministro da Saúde Oscar Matínez. Os manifestantes o acusam de negligência no manejo da epidemia.

"Nossos líderes são negligentes, são inaptos. Já no início de 2006 se sabia que a dengue se propagaria, mas não fizeram absolutamente nada para evitá-la", disse Carlos Cubas, um dos manifestantes. Também hoje, foi confirmada a internação por dengue do juiz Antonio Fretes, um dos nove ministros da Corte Suprema de Justiça do Paraguai.

Porta-vozes do Palácio do Governo desmentiram versões da imprensa segundo as quais Héctor Duarte, de 18 anos, um dos cinco filhos do presidente Nicanor Duarte, estaria com a doença. De acordo com números oficiais, apenas em janeiro e fevereiro deste ano, foram registrados 15 mil casos de dengue em todo o país. Mas, segundo os próprios médicos, a cifra real seria de 150 mil, já que a população em geral tem o hábito de se automedicar e de não procurar um posto de saúde.

Apenas neste ano, cinco pessoas morreram por dengue hemorrágica e um número similar foi vítima de dengue visceral. O transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em água parada. Os sintomas da dengue são fortes dores de cabeça e nas articulações, febre, vômito e diarréia.

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