Alta do IPC da Fipe abriga mudança de composição

Por trás da manutenção do ritmo de alta do IPC-Fipe ao longo das três primeiras quadrissemanas de novembro, de acordo com o coordenador do índice, Paulo Picchetti, reside uma mudança da composição dos grupos.

Na primeira coleta de preços feita pela Fipe este mês, o IPC subiu 0,43%. Fechou em 0,40% na quadrissemana seguinte e agora, na terceira, apontou uma alta média dos preços de 0,41%.

O grupo Alimentação, apesar de ter tido, no período, a maior alta individual de preços entre os sete grupos que compõem o IPC manteve, na terceira quadrissemana, a variação de 1,30% apurada na primeira. Mas o grupo Habitação fechou com uma expressiva desaceleração do ritmo de alta, de 0,33% para 0,17%.

Na contramão de Alimentação e Habitação, o grupo Despesas Pessoais saiu de uma deflação de 0,04% para uma taxa positiva de 0,27%. "Aqui, a influência veio do aumento dos preços dos cigarros (12,50%), com impacto de 0,08 ponto porcentual sobre o IPC-Fipe de novembro", disse Picchetti.

Dentro do grupo Alimentação, que, sozinho, deu uma contribuição de 0,30 ponto porcentual para a composição do IPC-Fipe, também foi registrada uma mudança de composição, de acordo com o coordenador do índice.

"Os preços das carnes se desaceleraram bastante nesta semana e ficaram negativos em 0,20% depois de terem mostrado uma alta de 2,10% na semana passada", afirmou Picchetti, referindo-se à comparação ponta a ponta. O mesmo movimento foi verificado no preço do frango, que saiu de uma alta de 2,10% para uma queda de 1,20%.

Na quadrissemana, com um aumento de 5,35%, o preço do frango ainda apresentou a maior alta nominal dentro do IPC-Fipe e os de alguns cortes de carnes figuraram entre as maiores variações do período: coxão mole (3,29%), acém (2,65%), alcatra (1,94%), patinho (3,37%) e contra-filé (2,06%).

Mas os preços, dentro do segmento dos alimentos industrializados mostraram uma aceleração de 0,31 ponto porcentual, de 0,04% na semana passada, para 0,35%. Óleo de soja (3,71%), café em pó (1 80%) e macarrão (2,93%) estão entre os produtos com as maiores altas de preços verificadas pela Fipe na terceira quadrissemana de novembro.

Em relação aos alimentos in natura, cujos preços passaram de uma alta de 1,23% para 2,06% na quadrissemana, Picchetti, disse não se apegar muito para fazer suas análises porque os valores são muito voláteis e caem com a mesma velocidade com que sobem.

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