Alimentação foi a maior alta do IPC-Fipe

O grupo Alimentação foi a maior alta observada dentro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgado nesta terça-feira (21) e que recuou de 0,43% na primeira quadrissemana de novembro para 0,40% na segunda quadrissemana. Da variação total do IPC, 0,30 ponto porcentual veio dos alimentos, de onde a tendência geral vem do lado da oferta.

De acordo com o coordenador do IPC-Fipe, Paulo Picchetti, o frango continua sendo o item de maior aumento. Teve seu preço elevado em 9,31% na quadrissemana, apesar de no atacado já mostrar uma desaceleração. Na ponta, na comparação da segunda semana de novembro com a mesma de outubro, o preço do frango recuou de 7,80% para 2,10%.

O arroz e o feijão, segundo Picchetti, dois itens de pesos significantes e que vinham apresentando aumentos, apresentaram na segunda semana de novembro comportamentos distintos. O arroz intensificou o ritmo de alta, passando de 3,30% na ponta para 6 60% e o feijão saiu de um aumento de 3,30% para uma queda de 2 30% na comparação ponta a ponta. Na quadrissemana o arroz teve seu preço elevado em 3,51% e o feijão, em 2,09% e o subgrupo dos semi-elaborados, como um todo teve alta de 3,36%.

O conjunto dos alimentos in natura, de acordo com o economista, mais uma vez representaram um mini choque de oferta. Subiu 1,23% na quadrissemana e na ponta elevou a alta de 1,70% para 2,30%. Esse comportamento foi, na opinião do coordenador, o que impediu com que o IPC-Fipe tivesse na segunda quadrissemana uma taxa de desaceleração maior que a de 0,03 ponto, de 0,43% para 0,40% e a de 0,06 ponto porcentual registrada pelo grupo Alimentação.

No que diz respeito aos alimentos industrializados, mais sensíveis às condições de demanda e que na segunda quadrissemana avançou 0,04%, explica Picchetti, a pequena elevação tornou-se ainda menor na comparação ponta a ponta, caindo de 0,80% para 0 40%.

Ônibus

A taxa de inflação de 0,50% prevista para novembro na cidade de São Paulo foi mantida pelo economista da Fipe. Esta projeção passou a fazer parte do cenário do coordenador na semana passada depois que o prefeito de Gilberto Kassab anunciou o aumento de 15% na tarifa de ônibus no município, de R$ 2,00 para R$ 2,30 para entrar em vigor a partir do dia 28 de novembro. A nova estimativa passou a ocupar a anterior que era de 0,30%.

O coordenador do IPC-Fipe, Paulo Picchetti, também manteve a atual projeção de inflação de 2,08% para o fechamento do ano. Até a semana passada, sua previsão para o IPC no encerramento de 2006 era 1,60%. Ela foi elevada também depois do anúncio do aumento da passagem de ônibus na capital paulista.

Porém a nova previsão está condicionada ao porcentual e data para entrar em vigor o reajuste das tarifas do transporte coletivo administrados pelo governo do Estado, como metrô, trens e dos bilhetes de integração entre estas duas modalidades de transportes e ônibus.

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