Além da marcha, MST traz uma série de reivindicações

Além da marcha que chega nesta terça-feira (17) à Esplanada dos Ministérios, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) manifestou reivindicações a diversos ministérios e autarquias. Segundo o coordenador Nacional do movimento e porta-voz da marcha, Vicente Soares de Almeida, foram realizadas mais de 20 reuniões. "O objetivo é buscar programas que possam elevar a qualidade de vida dos assentados no programa de reforma agrária", afirmou.

Almeida destacou que os eixos principais de reivindicação foram encaminhados ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Os cinco pontos principais são o fortalecimento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a criação de crédito específico para a reforma agrária ajustado às demandas das famílias acampadas, o cumprimento das metas de assentamento, a correção dos índices de produtividade e a mudança na política econômica.

"Nós entendemos que o Incra tem que se vincular de forma mais direta à Presidência da República. Além disso, o governo assumiu conosco o assentamento de 430 mil famílias. Há uma dívida de cerca de R$ 300 mil. Os índices de correção estão defasados e fora da atual pauta científica (de avanços tecnológicos) ligada à capacidade produtiva da terra", falou.

A mudança da política econômica é outro eixo fundamental dentre as proposições do MST: "frontalmente contrária ao programa de reforma agrária, que determina emprego no interior, distribuição de renda, riqueza e poder".

Almeida, que acompanha a Marcha Nacional pela Reforma Agrária, disse que a sociedade se manifestou, durante os 238 quilômetros percorridos nesses 16 dias de caminhada, "de forma carinhosa e solicita". Ele afirmou ainda que o momento político atual necessita de "lutas organizadas para a melhora da qualidade de vida do povo brasileiro".

Segundo ele, nesta terça-feira, os manifestantes seguem pela Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três Poderes, Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Embrapa, vinculada ao Ministério da Fazenda.

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