Afastados mais três PMs suspeitos de integrar grupo de extermínio no CE

Mais três policiais militares foram afastados de suas funções acusados de integrar um suposto grupo de extermínio que agia em Fortaleza. O subtenente Manoel Ferreira da Silva e os soldados Francisco Ronaldo Sales e Francisco das Chagas Silva foram notificados hoje pela manhã. Até a conclusão da sindicância administrativa que apura o caso, prevista para a próxima semana, os três vão cumprir funções burocráticas. Há outros dois Pms suspeitos de envolvimento.

Os nomes deles estão no relatório da Polícia Federal (PF) que, a pedido do Ministério Público Federal, apurou denúncias de que policiais liderados pelo major José Ernane de Castro Moura contratavam bandidos para assaltar farmácias da Rede Pague Menos e depois os executavam. O subtenente, de acordo com a PF, é acusado de ter atirado na perna de um adolescente suspeito de participar de uma tentativa de assalto a uma drogaria, em abril de 2002.

O major nega e diz que nunca trabalhou em segurança privada. "Não participei dessa operação, não conheço esse adolescente", afirma. Moura foi o primeiro a ser desligado. Ele era o comandante da 1ª Companhia do 5º Batalhão. Na sexta-feira, foi a vez do capitão Cícero Henrique Bezerra Lopes. Moura e Lopes foram flagrados em conversas comprometedoras, em escutas telefônicas feitas pela PF com autorização da Justiça.

Em um dos trechos da gravação os dois tramam o assassinato de uma pessoa. Além dos cinco militares afastados, no relatório constam os nomes do empresário do ramo de segurança Augusto César Ferreira Matias, e de dois funcionários da Rede Pague Menos, Jucely Alencar Barreto e Rosenilton da Silva.

Voltar ao topo