Advogados do PCC depõem amanhã na CPI do Tráfico de Armas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas confirmou para amanhã, em Brasília, os depoimentos dos advogados Sérgio Weslei da Cunha e Maria Cristina de Souza Rachado. Os dois foram acusados de comprar por R$ 200,00 a cópia dos depoimentos do diretor do Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic), Godofredo Bittencourt Filho, e do delegado Ruy Ferraz, prestados à CPI no dia 10, em sessão secreta, e repassá-los ao Primeiro Comando da Capital (PCC), o que teria precipitado a onda de violência em São Paulo

Provavelmente na quinta-feira, os advogados também passarão por uma acareação com Artur Virgílio Pilastres Silva, ex-funcionário terceirizado responsável pelas gravações de sessões da Casa. Ele confessou ter vendido a cópia da gravação aos dois advogados, que a teriam repassado à facção.

Em reunião administrativa, a CPI também vai decidir amanhã onde e quando o líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, vai ser ouvido pela comissão. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B), avisou à CPI que não quer esse depoimento nas dependências da Casa.

Aldo acredita que a saída de Marcola da penitenciária de Presidente Bernardes (SP) para ir ao Congresso provocaria uma situação de insegurança no Congresso, mesmo com um esquema policial reforçado.

A convocação de Marcola foi aprovada no início do mês. A sugestão de Aldo é de que a CPI viaje a São Paulo para tomar o depoimento.

Advogada de Franca – A polícia de Franca está investigando, a partir de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça desde meados de 2005, a advogada Adriana Telini, que estaria acobertando ações de criminosos do PCC, além de passar a um líder da facção informações para possíveis assaltos.

A advogada teria até mesmo escondido o criminoso em sua casa, depois de ele ter fugido da cadeia. Adriana deverá ser ouvida na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Franca e indiciada por formação de quadrilha até o fim do mês.

Pelas escutas telefônicas, a polícia soube que a advogada também instruiu Eurípedes Moura Júnior, o Perna, líder do PCC em Franca e detido na Cadeia da Guanabara, a mandar assaltar dois clientes que tinham R$ 50 mil em seu poder. Apesar das instruções, o roubo, que seria praticado por soldados do PCC, acabou não se concretizando.

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