Advogados de Valério pedem habeas-corpus para garantir direito a silêncio

Os advogados do publicitário Marcos Valério entraram com um pedido de
habeas-corpus preventivo junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) no final da
tarde de ontem. Buscam, com isso, garantir ao principal pivô das denúncias do
"mensalão" o direito ao silêncio durante o depoimento que prestará amanhã na
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada para investigar suposto
esquema de corrupção na Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). "Com o habeas-
corpus quero evitar problemas, porque o meu cliente não pode ser tratado como
testemunha e sim como uma pessoa investigada", afirmou Marcelo Leonardo, um dos
advogados de Marcos Valério.

A mesma estratégia foi usada pelos advogados
do ex-presidente do Banco Central, Francisco Lopes, e do ex-prefeito de São
Paulo, Celso Pitta, que também foram alvos de investigação de CPI. Segundo
Marcelo Leonardo, Marcos Valério deve ser tratado como "pessoa investigada"
porque foi depoente na Polícia Federal e teve os sigilos fiscal, telefônico e
bancário quebrados.

Com o pedido de habeas- corpus preventivo, os
advogados querem garantir ao publicitário o direito em ficar em silêncio, de não
assinar termos de compromisso legal para atuar como testemunha e de ser
assistido por advogados. Marcos Valério, que depõe amanhã na CPI dos Correios,
está em Brasília, segundo o seu advogado, que também embarca para a capital
federal daqui a pouco para se reunir com o seu cliente.

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