Advogado diz que pilotos do Legacy querem depor na Polícia Federal

Os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, que comandavam o jato Legacy que bateu no Boeing da Gol, querem prestar depoimento para a Polícia Federal, mas não conseguem. ?Mesmo conscientes da ilegalidade da decisão de apreensão do passaporte, decidimos que o questionamento de tal decisão seria feito somente após os depoimentos dos pilotos perante a Polícia Federal, mas diante da ausência de perspectiva para o desfecho das investigações podemos rever tal postura?, afirmou o advogado Theo Dias, que representa Lepore e Paladino.

A reação da defesa se seguiu à notícia de que o delegado Renato Sayão, que comanda as investigações sobre o acidente na PF, não conseguiu ouvir na última segunda-feira (30) os controladores de vôo que trabalhavam na torre de Brasília no dia da colisão. Eles apresentaram atestados médicos para justificar a ausência. Sayão já havia afirmado que não pretende ouvir os pilotos americanos antes de a Aeronáutica enviar os relatórios das caixas pretas. ?A Aeronáutica recusou-se a enviar provas à Polícia Federal sem autorização judicial. Por outro lado, o juiz federal já manifestou que aguardará a decisão pelo STJ sobre a sua competência para atuar no caso. Esse impasse pode demorar meses?, afirmou Theo Dias.

?Até agora, estávamos aguardando os depoimentos na Polícia Federal para questionar a ilegalidade da decisão de apreensão dos passaportes, mas diante da decisão do delegado de condicionar a oitiva dos pilotos ao recebimento de outras provas que vêm sendo produzidas pela Aeronáutica, poderemos rever a nossa postura?, disse Dias. O advogado faz questão de ressaltar que o delegado Sayão tem sido correto e que sua postura à frente do inquérito ?faz todo sentido?, mas que a ?situação humana envolvida no caso clama urgência?. As informações são da Revista Consultor Jurídico.

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